Num comunicado enviado às redações, a Direção-Geral da Saúde informa que "perante a atual incerteza sobre as características das vacinas contra a COVID-19 que podem ficar disponíveis e autorizadas na União Europeia, e as lacunas no conhecimento científico sobre o vírus e a doença, os planos e estratégias de vacinação terão de estar em constante adaptação de acordo com a informação que vai sendo conhecida", que foi criada a Comissão Técnica de Vacinação contra COVID-19.

O objetivo é que este seja um órgão consultivo da DGS, dedicado à "recomendação de estratégias apropriadas no respeitante à vacinação contra COVID-19, baseadas na melhor evidência científica disponível sobre o impacto da doença e da vacinação, tendo em atenção a aplicabilidade, a aceitabilidade e a transparência das estratégias propostas, por forma a obter, com eficiência, ganhos em saúde".

O objetivo é definir uma estratégia nacional e correspondentes aos populações-alvo para a vacinação contra a COVID-19 em Portugal, como tem sido recomendado a todos os países pela Comissão Europeia e Organização Mundial da Saúde.

No espaço de uma semana foram anunciados resultados de eficácia entre 90% e 95% para três vacinas experimentais para a covid-19, duas norte-americanas e uma russa, com base em dados preliminares de ensaios clínicos na última fase.

Nesta "guerra fria" por uma vacina contra uma doença respiratória que assola todo o mundo, causada por um novo vírus, surge um terceiro elemento, a China, que promete divulgar, ainda em novembro, os primeiros resultados de eficácia para uma vacina em teste no Brasil, na Indonésia e na Turquia.

Apesar das "notícias encorajadoras" sobre possíveis vacinas para a covid-19, a Organização Mundial da Saúde pede cautela, uma vez que é necessária a análise de mais dados para aferir com rigor o seu perfil de eficácia e segurança, sem o qual não podem ser administradas.