Ferro Rodrigues entregou hoje o Prémio Direitos Humanos 2019, da Assembleia da República, à associação Aldeias Humanitar – Humanizar e Estar pelo seu trabalho nos cuidados de saúde e sociais às famílias em situação de vulnerabilidade ou abandono.
No dia em que se assinala o Dia Internacional dos Direitos Humanos, Ferro Rodrigues afirmou que o trabalho da Humanitar e das outras duas galardoadas com Medalhas de Ouro Comemorativas do 50.º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Crescer – Associação de Intervenção Comunitária, e a Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas, são exemplo de que “há um longo caminho a trilhar”.
“Os representantes de entidades galardoadas far-nos-ão um retrato de uma realidade bem mais próxima do que julgamos, tantas vezes brutal, bem demonstrativa de que há ainda um longo caminho a trilhar na universalidade dos direitos dos homens e mulheres, de uma realidade que nos deste respeito como pessoas como sociedade como país”, disse.
Já Luís Marques Guedes, presidente da comissão de Assuntos Constitucionais, assinalou que os três laureados são “nobres exemplos de um vasto trabalho de promoção dos direitos e da dignidade da pessoa humana” – “um trabalho que aquece a nossa alma”.
“A defesa dos direitos humanos e o primado da dignidade da pessoa humana não podem, não devem ser deixados em exclusivo para o Estado e seus serviços publico. É antes um desafio que nos diz respeito a todos”, disse.
O prémio foi atribuído, segundo o parlamento, à Aldeia Humaniar, instituição sediada em Sernancelhe, no distrito de Viseu, pelo seu trabalho humanitário e inovador “na prestação de cuidados de saúde e sociais, no amparo das famílias e pessoas idosas que vivem em situação de vulnerabilidade ou isolamento e abandono, principalmente no interior do país”.
O projeto piloto iniciou-se em 2017 nos concelhos de Sernancelhe e Penedono, tendo sido escolhida pela Agência Social do Douro a Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe para instituição âncora deste projeto piloto. Constituiu-se como instituição em 2018, ano em que iniciou a intervenção humanitária de forma consistente e continuada.
Na cerimónia hoje foram também atribuídas Medalhas de Ouro Comemorativas do 50.º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos à Crescer – Associação de Intervenção Comunitária, fundada em 2001, com trabalho na área de inclusão para sem-abrigo, e à Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas, criada em 2007, com trabalho no auxílio de crianças desaparecidas.
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