O diretor-geral afirmou, numa audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, a pedido do PSD, que a reunião com aos sindicatos será na próxima semana e a ideia passa por deixar cair “a terceira hora”.

Segundo o novo horário de trabalho, dois grupos de guardas prisionais estão ao serviço entre as 08:00 e as 16:00, e são depois rendidos por uma equipa até às 00:00 e por outra até às 08:00.

No período entre as 16:00 e as 19:00, que coincide com o horário das visitas, alimentação, medicação e entrada dos reclusos nas celas, os guardas prisionais têm de estender o seu horário de trabalho através da realização de horas extraordinárias pagas.

Ora, segundo Celso Manata, em função do “efetivo admitido [386 guardas], em função da contestação dos sindicatos, em função do aumento da assiduidade”, é possível propor o abandono desta medida.

Assumindo que há falta de guardas prisionais, o diretor-geral afirmou que era impossível deixar de pedir esta extensão do horário.

“Nós não podemos dizer aos presos ‘agora portem-se bem durante três horas porque não temos pessoal’”, ironizou.

Os guardas prisionais já fizerem greves e vários protestos desde o início do ano, quando começou a ser introduzido o novo horário, que está já generalizado em todos os estabelecimentos prisionais do país.