“Envia uma mensagem a todos os Estados com armamento nuclear e todos os Estados que continuam a contar com as armas nucleares para a sua segurança de que esse é um comportamento inaceitável”, disse Beatrice Fihn.

“Não podemos ameaçar com o massacre indiscriminado de centenas de milhares de civis em nome da segurança. Não é assim que se constrói a segurança”, acrescentou.

Fihn disse que a distinção é “uma grande honra” e apelou aos países para que “proíbam agora” as armas atómicas.

“Este é um momento de grande tensão no mundo, uma altura em que declarações inflamadas podem levar-nos muito facilmente, inexoravelmente, para um horror inominável. O espetro de um conflito nuclear volta a pairar”, afirmou em comunicado.

“Se houvesse um momento em que as nações devem declarar a sua oposição inequívoca às armas nucleares, esse momento é agora”, acrescentou.

Beatrice Fihn explicou aos jornalistas que a organização recebeu um telefonema minutos antes do anúncio oficial de que a ICAN vencia o prémio, mas que pensou tratar-se de “uma partida” e não acreditou, até ouvir o anúncio formal.

O Comité Nobel anunciou hoje a atribuição do Nobel da Paz à ICAN “pelo seu trabalho para chamar a atenção para as catastróficas consequências humanitárias de qualquer uso de armas nucleares e pelos seus esforços assinaláveis para alcançar um tratado proibindo essas armas”.