O Jornal de Notícias avança, na sua edição de hoje, que há escolas que não conseguem validar os dados na plataforma (que vai distribuir os manuais escolares do 1.º ao 6.º ano) por incompatibilidade dos programas informáticos.
O Ministério da Educação desmentiu ao jornal a incompatibilidade do programa, salientando que a “quase totalidade dos agrupamentos já exportou os dados e que as empresas de ‘software’ têm colaborado na tarefa”.
Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) disse que há agrupamentos que conseguem exportar os dados dos alunos, mas estes depois não aparecem refletidos na plataforma.
“Ou seja, na prática eu exporto dados, faço tudo direitinho enquanto escola, só que os pais e a escola não têm acesso ao Voucher porque ele não existe”, disse, destacando, contudo que “esta situação não é um drama”.
“Há muitas escolas que já têm o problema resolvido, mas outras não. Por isso, temos estado em contacto via telefone e ‘e-mail’ com a IGeFE (Instituto de Gestão Financeira de Educação, que gere a plataforma), que já estão a ajudar”, sublinhou.
De acordo com Filinto Lima, há muitas escolas que não têm ‘vouchers’ para entregar aos pais para irem às livrarias levantar os manuais escolares.
“Contudo, penso que o problema informático vai ficar resolvido nos próximos dias em todas as escolas. Poderá causar alguns atrasos, mas não é impeditivo para que os alunos tenham acesso aos livros”, disse.
Manuais escolares gratuitos, novos ou usados, começaram a ser distribuídos a partir de 01 de agosto através da Mega a cerca de 650 mil alunos: 500 mil do 1.º ao 6.º ano de todas as escolas públicas de todo o país e cerca de 150 mil do 7.º ao 12.º dos estabelecimentos de ensino lisboetas, através de uma parceria da autarquia com o ministério.
Através do site www.manuaisescolares.pt, os encarregados de educação acedem à plataforma que lhes atribui um ‘voucher’ que podem descarregar numa aplicação móvel ou então imprimir e entregar numa das livrarias aderentes.
O ‘voucher’ é automaticamente emitido e fica disponível na área privada dos encarregados de educação.
Na plataforma estão manuais escolares utilizados no ano letivo que agora terminou, mas também livros novos, que podem ser utilizados por famílias, escolas e livreiros.
A plataforma deverá estar ativa até ao final de outubro, para garantir que não ficam de fora alunos que mudam de escola após o arranque do ano letivo.
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