“Os docentes dos colégios de Educação Especial estão a trabalhar sem receber e, por isso, estarão em greve nos próximos dias 2 e 3 de dezembro (segunda e terça-feira da próxima semana). Este atraso tem sido justificado pelas direções dos colégios com facto de o Ministério da Educação ainda não ter transferido qualquer verba, como era sua obrigação e preveem os contratos estabelecidos com estes colégios”, adiantou a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em comunicado, hoje divulgado.
Segundo o comunicado há professores cujo último salário que receberam foi em setembro.
O documento não refere, no entanto, quantos professores são afetados pela situação, nem quantos colégios.
A Lusa tentou contactar a Fenprof para mais esclarecimentos e questionou o Ministério da Educação, aguardando resposta.
O comunicado da Fenprof refere ainda que a frequência das crianças com necessidades educativas especiais nestes colégios acontece por proposta das escolas públicas, nas quais têm origem, mas que “face à impossibilidade de resposta às necessidades especiais dos alunos” estes podem, “transitória ou permanentemente, frequentar os colégios”.
Para a federação sindical este facto “torna ainda mais forte a obrigação do Estado Português em relação ao financiamento sem atraso”.
Para segunda-feira, primeiro dia da greve, a Fenprof agendou um encontro com jornalistas em frente de um dos colégios de ensino especial, o Externato Alfred Binet em Lisboa, com a presença do secretário-geral, Mário Nogueira, e de um professor com salários em atraso desde setembro.
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