No final da primeira reunião com a nova equipa do Ministério da Educação, Ciência e Inovação o secretário-geral da FNE defendeu que os professores precisam de um sinal da tutela, que tem de ser dado nos próximos dois meses, para que “o início do próximo ano comece com tranquilidade e paz”.
Pedro Barreiros referia-se às negociações que começam em maio para a contabilização dos cerca de seis anos e meio de trabalho congelado durante o período da Troika.
“Os processos negociais agora iniciados terão de estar terminados o mais tardar no final de maio, início de junho”, disse aos jornalistas no final da reunião com a tutela, recordando que o Governo tem como proposta uma recuperação anual de 20%, mas para a FNE a fórmula a aplicar “não pode ser inferior a 30%”.
Além da recuperação do tempo de serviço, a FNE lembrou que existem outros problemas nas escolas, que vão desde a indisciplina nas salas de aula até à falta de professores.
Em declarações aos jornalistas, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, reafirmou a intenção de começar já este ano a contabilizar o tempo de serviço congelado, prevendo devolver agora 20% e os restantes 80% nos próximos quatro anos de legislatura.
Fernando Alexandre salientou o “espírito muito positivo” das reuniões realizadas na quinta-feira e hoje com as 12 estruturas sindicais, reafirmando que no centro de todos esses encontros esteve a recuperação do tempo de serviço.
Sobre o custo da medida, o ministro disse ter uma equipa a fazer os cálculos que deverão ser conhecidos muito em breve.
Todos os sindicatos defenderam uma recuperação mais rápida, tendo apresentado várias fórmulas, desde uma recuperação em apenas dois anos, passando por três e até quatro anos.
Além do ministro estiveram presentes nas reuniões o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, o secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha, e a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido.
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