“O registo que temos, até ao meio-dia de hoje em Lara é de dois mortos e atendemos 12 feridos de bala, no Hospital Central de Barquisimeto”, disse Henri Falcón.

Durante uma conferência de imprensa, em Barquisimeto, Henri Falcón, denunciou que um grupo de ‘coletivos’ (motociclistas afetos ao regime) atacaram uma manifestação pacífica, criando uma situação de “pré-guerra”.

“Passaram 80 motociclistas a disparar de maneira indiscriminada contra as pessoas”, disse o governador, que denunciou que as manifestações pacíficas convocadas pela oposição estão a ser “infiltradas” para criar “anarquia e desordem”.

Por outro lado, explicou que, a partir de viaturas oficiais do programa governamental Missão Transporte, “homens armados passaram pelas urbanizações para amedrontar os protestos cívicos e pacíficos”.

Os atacantes, segundo explicou, vivem noutras localidades e que inclusive podem ser “paramilitares”, questionando como conseguem o armamento e a balas que usam.

“Isto é muito perigoso, porque começa a gerar-se um cenário de desordem e anarquia que terminará com um custo social muito alto”, frisou, vincando que a população espera um declaração do Governo e das instituições do Estado.

Por outro lado, apelou ao Conselho Nacional Eleitoral para convocar eleições gerais no país e explicou que “há um descontentamento generalizado contra o Governo de Nicolás Maduro, que se nega a ouvir e a canalizar os pedidos dos populares.

A 08 de abril último, um jovem de 19 anos, Jairo Ortiz, foi assassinado com um tiro no peito, por um funcionário da Polícia Nacional Bolivariana, quando protestava na localidade de Montaña Alta, Carrizal, a sul de Caracas.

Na noite de terça-feira, grupos de ‘coletivos’ circularam pelas ruas das urbanizações de El Paraíso e de Montalbán, ambas a oeste da capital, atemorizando a população.