O presidente norte-americano ligou a Marcelo Rebelo de Sousa no início da tarde desta sexta-feira. Numa nota publicada no site da Presidência da República é explicado que foram abordados "diversos assuntos de interesse bilateral, em particular de natureza económica e da situação internacional".

Segundo o comunicado, "os dois Presidentes partilharam a evolução da pandemia Covid-19 e a forma como tem sido afrontada a doença e a sua propagação em cada um dos dois países, tendo nomeadamente sido referida a participação de uma empresa portuguesa nos testes científicos nos Estados Unidos da América, para a produção de um medicamento específico".

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou a "importância da cooperação internacional e do quadro multilateral das organizações internacionais para enfrentar os desafios comuns, incluindo a prioridade na luta à pandemia e a importância das lições aprendidas".

É ainda referido que "o Presidente americano elogiou o desempenho português neste surto pandémico e ofereceu toda ajuda que fosse considerada útil e necessária".

Na quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa divulgou ter recebido em audiência no Palácio de Belém o presidente executivo da Bial, António Portela, na sequência da aprovação pelo regulador do mercado farmacêutico norte-americano de um medicamento para a doença de Parkinson produzido por esta farmacêutica portuguesa, que deverá começar a ser comercializado nos Estados Unidos da América até ao final deste ano.

Os dois países enfrentam cenários pandémicos muito diferentes. Enquanto Portugal soma 25.351 casos de infeção e 1007 óbitos, os Estados Unidos da América são o país mais afetado pelo novo coronavírus, registando 1.099.275 de casos e 63.972 mortes.

No entanto, Donald Trump não é o primeiro presidente a estrear-se em elogios a Portugal. Ainda na passada quarta-feira o presidente esloveno, Borut Pahor, publicou uma mensagem de solidariedade para com Portugal no combate à covid-19 gravada em português e divulgada nas redes sociais.

A pandemia de covid-19 atingiu 195 países e territórios, registando-se mais de 233 mil mortos e mais de 3,2 milhões de pessoas infetadas a nível global, com cerca de 987 mil doentes considerados curados, segundo a agência de notícias AFP.