“Obrigado por terem confiado em mim, pelo vosso apoio nestas circunstâncias inusitadas (…), mas acima de tudo, obrigado por esta demonstração de solidariedade”, disse Tusk, num comunicado.
O presidente do Conselho Europeu salientou ainda que “a solidariedade foi sempre importante na minha vida pessoal e política e sei o quanto conta”.
“Sei que pode soar como um paradoxo, devido ao contexto, mas a vossa decisão foi hoje a expressão da vossa unidade”, adiantou, prometendo que irá trabalhar com todos os chefes de Estado e de Governo dos 28 Estados-membros, sem exceção, porque, salientou: “estou verdadeiramente devotado a uma Europa unida”.
O polaco Tusk foi hoje reconduzido no cargo por um segundo mandato de dois anos e meio, apesar das objeções do seu país, que se prepara para retaliar bloqueando as conclusões do Conselho Europeu, segundo fontes europeias citadas pela AFP.
O braço-de-ferro começado pela primeira-ministra polaca, Beata Szydlo, com os seus homólogos da União Europeia (UE) poderá fazer prolongar os trabalhos do Conselho Europeu, que — depois da recondução do polaco Donald Tusk na sua presidência — tem em agenda os temas do crescimento económico e do emprego, da segurança e fluxos migratórios e da defesa e a situação dos Balcãs ocidentais.
O Governo nacionalista e conservador de Varsóvia acusou a Alemanha de fazer valer a sua vontade, tendo o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Witold Waszczykowski, denunciado a um portal de notícias na Internet que “a UE está sob o ‘diktat’ de Berlim”.
Tusk, o segundo presidente do Conselho Europeu desde a criação do cargo, em 2009, assumiu pela primeira vez funções em 2014, substituindo do belga Herman Van Rompuy, e cumprirá o seu segundo mandato até 2019.
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