Segundo a NASA, citada pela agência de notícias espanhola, Efe, a Dragon, que pesa mais de 3.300 quilos, fixou-se de forma autónoma às 05:09, hora dos Estados Unidos (11:09 em Lisboa), ao módulo Harmony da EEI, que naquele momento estava sobre o Oceano Pacífico.

Com a chegada daquela cápsula da SpaceX, numa operação supervisionada pelos astronautas da agência especial norte-americana Shane Kimbrough e Megan McArthur, passam a ser cinco as estruturas espaciais acopladas à EEI: a nave de carga Cygnus-15, a missão tripulada Crew-2 e as russas Progress 77 e Soyuz MS-18 e agora a Dragon.

A Dragon transportava dois grandes painéis solares destacáveis, os primeiros de um total de seis que a NASA vai enviar para a estação espacial com o objetivo de aumentar em 30% o fornecimento de energia.

Este primeiro par de painéis, chamado ROSA na sigla inglesa, já foi testada na EEI em 2017 e será colocado durante as saídas para o espaço dos dias 16 e 20.

Como parte do material científico e de investigação, a Dragon transportou uma carga de lulas e tardígrados (animais microscópicos segmentados popularmente conhecidos como ursos-d’água, que medem apenas 1,5 milímetros na idade adulta).

Com as lulas, o objetivo é estudar o impacto da microgravidade na simbiose microbiana e, no caso dos tardígrados, capazes de sobreviver aos ambientes mais inóspitos, o efeito da microgravidade e da radiação.

A Dragon vai ficar na EEI cerca de um mês antes de regressar com o material de investigação a bordo de um foguete Falcon 9, lançado na quarta-feira, naquela que foi a sua primeira viagem, voltando a voar na terceira missão tripulada à EEI feita pela NASA e pela empresa de Elon Musk, a Crew-3, agendada para o outono deste ano.

Esta foi a 22ª missão de fornecimento ao laboratório orbital e foi realizada ao abrigo de uma parceria público-privada da NASA com a SpaceX, fundada em 2002 por Musk, que é também a fundador da fabricante de carros elétricos Tesla.