No executivo cessante, Duarte Cordeiro e Tiago Antunes já se sentavam no Conselho de Ministros, o primeiro juntando as funções de adjunto de António Costa aos Assuntos Parlamentares, e o segundo com a Presidência.
Duarte Cordeiro sucedeu em fevereiro ao seu amigo Pedro Nuno Santos nos Assuntos Parlamentares no XXI Governo, depois de o mesmo já ter acontecido em 2008 na liderança da Juventude Socialista.
Desde então, por opção própria, Duarte Cordeiro não integrou a lista de candidatos a deputados pelo PS e foi diretor adjunto da campanha do partido nas eleições legislativas.
Vice-presidente da Câmara de Lisboa desde abril de 2015 - com os pelouros da economia, inovação, serviços urbanos e desporto -, Duarte Cordeiro, 40 anos, é licenciado em economia pelo ISEG com um mestrado no ISCTE.
Nas eleições presidenciais de 2011, Duarte Cordeiro foi diretor de campanha da candidatura de Manuel Alegre, funções que repetiu ao serviço do atual secretário-geral do PS, António Costa, nas legislativas de 2015.
No plano partidário, Duarte Cordeiro foi eleito presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS (FAUL) em 2018, sucedendo ao ex-secretário de Estado da Defesa Marcos Perestrello, após ter liderado a concelhia da capital durante seis anos.
Após a demissão de José Sócrates da liderança do PS, Duarte Cordeiro apoiou a candidatura derrotada de Francisco Assis contra António José Seguro no congresso de 2011, e esta foi a única vez que esteve em campo oposto ao de Pedro Nuno Santos.
Conotado com a ala esquerda do PS, Duarte Cordeiro esteve sempre ligado ao chamado "núcleo duro" político de António Costa, tendo sido um dos elementos mais ativos nas eleições primárias de setembro de 2014, quando o atual primeiro-ministro derrotou e substituiu António José Seguro na liderança dos socialistas.
Apesar da sua proximidade com António Costa, no plano interno partidário Duarte Cordeiro faz parte do chamado grupo dos "jovens turcos", onde se incluem Pedro Nuno Santos, que se mantém como ministro das Infraestruturas e da Habitação, o vice-presidente da bancada socialista Pedro Delgado Alves e João Galamba, secretário de Estado da Energia no executivo cessante.
Foi eleito deputado nas eleições legislativas de 2009 e de 2011, respetivamente pelos círculos de Lisboa e de Setúbal, período em que o PS esteve sob a liderança de José Sócrates.
Já o futuro secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro Tiago Barreto Caldeira Antunes nasceu em Lisboa, em 1978.
Licenciou-se em 2001, e doutorou-se em 2015 em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Ensina nessa Faculdade desde 2001, onde é professor auxiliar.
A nível académico, é também Investigador Principal no CIDP – Centro de Investigação de Direito Público. Foi advogado na sociedade PLMJ & Associados entre 2001 e 2005.
A nível governativo, foi chefe do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro no XVIII Governo Constitucional (2009-2011), adjunto do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro no XVII Governo Constitucional (2005-2009) e, no XXI Governo, foi secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.
No XXII Governo Constitucional, André Moz Caldas será o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, cargo exercido na legislatura que agora termina por Tiago Antunes.
Antigo presidente da Junta de Freguesia de Alvalade entre 2013 e 2018 e chefe de gabinete do ministro das Finanças, Mário Centeno, entre 2015 e 2019, André Caldas assumiu mais recentemente (em julho) a presidência do Conselho de Administração do Organismo de Produção Artística (OPART).
Aos 37 anos, é formado em direito (licenciatura) e em medicina dentária (grau de mestre) pela Universidade de Lisboa, mas tem “as inscrições suspensas voluntariamente nas respetivas ordens profissionais devido ao exercício de funções públicas”, de acordo com a nota biográfica disponibilizada pelo gabinete do primeiro-ministro.
Ainda na vertente académica, o novo secretário de Estado é, desde 2012, assistente convidado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
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