Francisco Calheiros falava em declarações à Lusa à margem da cerimónia da tomada de posse dos órgãos sociais da CTP para o triénio 2024-2027, em Lisboa.
O presidente da CTP, reempossado hoje para um terceiro e último mandato à frente da confederação, manifestou-se "surpreendido" com a proposta da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e considerou a decisão precipitada, tendo em conta "a instabilidade nacional e internacional".
Francisco Calheiros indicou que a medida "não deve ser para este ano", uma vez que a proposta não consta no orçamento da Câmara de Lisboa para 2024.
"Surpreendemo-nos porque aquilo que tínhamos combinado, aquilo que nós dissemos era que havia que revisitar, digamos assim, a questão da taxa, fazer bem o 'benchmarking' para as outras cidades", disse, referindo que há cerca de duas semanas reuniu-se com os responsáveis sobre o assunto.
O presidente da CTP disse ainda que "qualquer taxa é um imposto e o setor do turismo já é conhecido por taxas e taxinhas" pelo que "não é bom" aumentar a taxa turística de dois oara quatro euros.
A CML quer duplicar o valor da taxa turística, passando de dois para quatro euros por noite, indicou hoje o presidente do executivo municipal, Carlos Moedas (PSD), defendendo que este aumento “é justo” para a cidade.
“Aumentar a taxa turística é justo para os lisboetas, é justo para a cidade, portanto, é uma decisão que tomei, mas obviamente quero fazê-la com um grande consenso com aqueles que são as pessoas mais importantes do setor, desde os hotéis aos restaurantes”, disse Carlos Moedas aos jornalistas à margem de uma visita à obra de uma nova creche municipal no Lumiar.
Sobre o que se pretende fazer com o valor arrecadado com a taxa turística, Carlos Moedas disse que, em primeiro lugar, será destinado à limpeza da cidade e que uma parte da verba será para continuar o crescimento em termos de centralidades turísticas, dando como exemplo o Museu do Tesouro Real, que foi pago com a taxa turística.
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