O comício está marcada para as 21h00 no Europarque e a participação do antigo primeiro-ministro acontece quatro dias depois de outro ex-lider do PSD, Pedro Passos Coelho, ter discursado em Faro.

Na quinta-feira, foi a vez da ex-líder do CDS-PP Assunção Cristas falar em Ourém (distrito de Santarém).

Durão Barroso defende, num artigo publicado hoje no semanário Nascer do Sol, intitulado “mudar é preciso”, que “depois de tudo o que se passou com a governação PS, e também depois de tudo o que não se fez durante esse longuíssimo período, é essencial uma mudança de ciclo político em Portugal”.

“A verdade é que o atual Governo, apesar de se dizer socialista, tem desenvolvido uma política que, sendo estatista, é muito pouco social: assiste-se a uma profunda degradação dos serviços públicos, nomeadamente da saúde e da educação, e também a uma generalizada crise da habitação com custos sociais muito graves, sobretudo para os mais jovens”, sustenta.

O antigo primeiro-ministro considera que um novo governo do PS “seria o mais esquerdista desde o Gonçalvismo”, relacionando esta afirmação com a situação externa, que classifica de preocupante, com a guerra na Ucrânia, e os “alinhamentos externos de Portugal” na União Europeia e na NATO e as posições de PCP e BE, eventuais parceiros para uma governação socialista.

Durão Barroso foi líder do PSD entre maio de 1999 e junho de 2004, primeiro-ministro entre abril de 2002 e julho de 2004 e presidente da Comissão Europeia de 2004 a 2014.

O antigo governante já tinha participado na Universidade de Verão do PSD no início de setembro.

Pertenceu aos governos de Cavaco Silva onde foi subsecretário de Estado no Ministério dos Assuntos Internos, em 1985, Secretário de Estado dos Assuntos Externos e Cooperação, em 1987, e Ministro dos Negócios Estrangeiros em 1992.