“O Ministério da Educação tem uma Caixa de Previdência, que tem edifícios em Lisboa. Em conjunto com a administração da Caixa de Previdência já encontrámos um primeiro prédio que vai ser todo disponibilizado para residência de professores”, disse João Costa.
Segundo o ministro, o prédio, situado na Rua do Forno de Tijolo, na freguesia dos Anjos, em Lisboa, “está praticamente pronto a ser ocupado”, estando a tutela em fase de celebração do protocolo com a Caixa de Previdência.
João Costa afirmou ainda que continua a desenvolver um trabalho com o Ministério da Habitação para a atribuição de 29 apartamentos, número que admitiu ser “manifestamente pequeno”.
As candidaturas a estes apartamentos foram abertas em agosto e a tutela está em fase de seleção. Sem conseguir precisar o número de interessados, o ministro confessou que o número é mais baixo do que aquele que esperava.
O governante socialista referiu ainda que o ministério está a trabalhar em mais medidas de apoio aos docentes deslocados. “Não vou dizer se é um apoio financeiro ou um apoio ao arrendamento. Estamos a estudar as melhores maneiras de conseguir garantir que os professores que estão deslocados nestas zonas [Lisboa e Algarve] conseguem ter arrendamento mais acessível ou condições para se fixarem”, acrescentou.
Questionado sobre a falta de preenchimento de centenas de horas letivas, João Costa explicou que o Ministério da Educação resolve todas as semanas “mais de mil horários”, sobretudo, devido a baixas médicas.
“A medida de recurso à contratação de escola tem permitido resolver muitos casos. Isto demonstra que esta nossa capacidade de substituição está a funcionar. São sobretudo substituições de professores”, precisou.
O ministro disse ainda que está a ser feito um trabalho conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para a formação de mais professores e “vai entrar em negociações sindicais já nas próximas semanas”, para criar “estágios remunerados para que os jovens que escolhem a formação de professores também possam ter este incentivo financeiro”.
Na sua visita à escola-sede do Agrupamento da Batalha, João Costa destacou os projetos Clube de Ciência Viva, jornal da escola e Ubuntu.
“O Agrupamento de Escolas da Batalha é um pouco o retrato do que se passa nos nossos agrupamentos de escolas do país, onde temos 897 clubes de Ciência Viva e 717 mil alunos envolvidos em atividades de ciência experimental”, destacou.
João Costa referiu ainda o Ubuntu, que “tem permitido que os alunos ultrapassem algumas barreiras em termos de autoestima, autoconfiança e de relação com os outros”. “Temos indicadores que mostram melhores desempenhos académicos dos alunos por participarem nestes projetos que trabalham as competências sociais e emocionais”, reforçou.
O ministro sublinhou ainda o ensino de alunos do secundário aos colegas do 1.º ciclo. “Os próprios alunos disseram-me que aprendem muito mais quando têm de ensinar. É uma nova forma de ser escola que está a acontecer por todo o país nas nossas escolas públicas e mostra que temos um sistema educativo com muita vida e muito vibrante.”
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