O anúncio dos 11 elementos do júri do concurso público internacional de conceção da nova ponte, exclusiva para o metro, foi revelado hoje na cerimónia de lançamento do concurso de ideias para o projeto, que decorreu nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.
O arquiteto Eduardo Souto de Moura, Prémio Pritzker de 2011, vai representar a Câmara do Porto, enquanto da Câmara de Vila Nova de Gaia será o engenheiro Serafim Silva Martins.
Os arquitetos Alves da Costa e Inês Lobo vão representar a Ordem dos Arquitetos e os engenheiros Armando Dias, Rui Calçada e Júlio Appleton a Ordem dos Engenheiros.
O júri será ainda composto por Vítor Silva, Joana Barros, Miguel Osório de Castro e Lúcia Leão Lourenço, da Metro do Porto.
A nova travessia para ligar o Porto e Vila Nova de Gaia através de metro deve ficar entre as pontes da Arrábida e Luís I e servirá uma nova linha entre a Casa da Música e Santo Ovídeo.
Com uma estimativa de custo de empreitada de 50 milhões de euros, a nova ponte vai ter vias para peões e bicicletas, ligando o Campo Alegre, no Porto, (entre a Faculdade de Letras e a Faculdade de Arquitetura) à VL8 (junto ao Arrábida Shopping), em Vila Nova de Gaia.
Na cerimónia esteve presente o primeiro-ministro, António Costa, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e o secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro.
Segundo o ministro do Ambiente, o concurso de ideias para a nova ponte sobre o Douro terá a duração de “quatro meses”, sendo que “o produto da sua entrega já vai ter um pré dimensionamento da estrutura que permita avaliar a sua exequibilidade e o seu custo”.
Os projetos submetidos até julho de 2021, cujos estudos prévios fiquem classificados nos três primeiros lugares, vão receber prémios entre os 50 e 150 mil euros.
O projeto vencedor será conhecido no segundo semestre de 2021, depois da realização do concurso para a construção, e o início das obras deverá decorrer nos primeiros meses de 2023.
“Da ponte já sabemos muita coisa, não deverá ter pilares no rio, a sua quota será ligeiramente mais alta do que a da ponte da Arrábida, para não perturbar a vista desta mesma ponte, conhecemos com rigor a integração urbana desta mesma ponte e vai ser para o metro, para as bicicletas e para os peões”, esclareceu.
Matos Fernandes disse ainda que, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a Área Metropolitana do Porto terá “uma nova linha para Gaia”, estimada em 300 milhões de euros, e um Metrobus (autocarros elétricos que circulam numa via dedicada para o efeito) para a Boavista, no valor de 83 milhões de euros (que já incluem o material circundante).
“Asseguramos ainda no quadro de apoio a nova linha para Gondomar de 155 milhões de euros, entre outras que em breve falaremos”, afirmou.
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