Segundo um comunicado do Ministério da Justiça, o dirigente fundamentalista islâmico, de 78 anos e invisual, morreu hoje, às 05h40 locais (10h40 em Lisboa), “de causas naturais, após uma longa batalha contra a diabetes e uma doença coronária".

A agência de notícias francesa AFP confirmou a morte junto do filho de Omar Abdel-Rahman, a partir do Egipto. “Contactámos as autoridades egípcias e americanas para repatriarem” o corpo, adiantou.

Omar Abdel-Rahman foi condenado, em 1995, por conspiração contra alvos em Nova Iorque, incluindo as Nações Unidas, e tentativa de assassinato do antigo presidente egípcio Hosni Mubarak.

Apelidado de “sheikh cego”, Omar Abdel-Rahman é também referido como o inspirador dos primeiros atentados contra o World Trade Center, em Nova Iorque, que, em 1993, causaram seis mortos e mais de mil feridos.

Omar Abdel-Rahman dirigiu o grupo fundamentalista islâmico Gamaa Islamiya, no Egipto, antes de emigrar para os Estados Unidos, onde foi preso em 1993 e condenado em 1995.

Em 2012, Muhammad Morsi, o presidente egípcio à época, apelou a que Omar Abdel-Rahman pudesse cumprir pena no seu país, por “razões humanitárias”, propondo uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos.