As equipas de meios de comunicação que viajavam de Al-Arish, capital do norte do Sinai, para Rafah tiveram de voltar no primeiro posto de controlo do exército, dos quatro existentes, para chegar a Rafah, que fica a uma distância de cerca de 65 quilómetros, de acordo com a agência de notícias EFE.
O canal de televisão egípcio Al-Qahera News, pró-Governo, cortou a transmissão ao vivo na estação de Rafah, que transmitia praticamente desde o início da crise, na noite de domingo.
No domingo, o porta-voz do exército egípcio, Gharib Abdelhafez, disse num comunicado que “durante os confrontos em curso na Faixa de Gaza, uma das torres de vigilância da fronteira egípcia foi acidentalmente atingida por fragmentos de um projétil de um tanque israelita, o que causou ferimentos ligeiros a alguns guardas de fronteira.
O exército israelita reconheceu o incidente antes da declaração militar egípcia e afirmou que foram “disparados por engano” e que estavam a investigar o caso.
O norte da Península do Sinai é uma zona militarizada e o acesso a estrangeiros e aos meios de comunicação foi proibido durante anos devido à campanha contraterrorista a grupos extremistas na região, predominantemente desértica, incluindo o ramo egípcio do grupo Estado Islâmico (EI).
Dado o início da emergência devido à guerra entre Israel e o grupo Hamas, jornalistas credenciados no Egito solicitaram autorização para aceder àquela zona, embora até agora não a tenham ainda conseguido.
Apenas jornalistas que viajaram em aviões de ajuda humanitária de diferentes países ou da ONU, bem como redes de televisão egípcias ligadas ao Governo e fotógrafos residentes no norte do Sinai conseguiram aceder àquela área.
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