O terceiro dia de campanha oficial para as eleições legislativas começou, para o BE, com uma visita aos Bombeiros Voluntários da Marinha Grande, no distrito de Leiria, levando Catarina Martins a sublinhar que em Portugal estão "todos muito gratos pelo papel dos bombeiros", que precisam de "uma maior estabilidade e de condições no seu trabalho".

"O alerta que eu quero deixar é que não chega a nova legislação que há sobre a floresta. Nós precisamos de uma intervenção imediata, no pós-fogo, que não está a ser feita, não temos meios para isso, não houve o investimento necessário", avisou.

Na perspetiva da líder bloquista, "Portugal tem os meios para fazer esse investimento”.

“É preciso é vontade política de o fazer, para que depois do fogo haja uma intervenção imediata para proteger o território, os solos, a água e começar uma reflorestação que seja segura, porque senão fizermos nada vai crescer o mato, vai crescer o eucalipto e as desgraças vão-se suceder", frisou.

Para a coordenadora do BE, é preciso “começar um processo de reflorestação muito rápido das áreas que arderam para não deixar que cresça mato desordenadamente, eucalipto desordenadamente, manchas contínuas que vão fazer mais incêndios".

A grande aposta de Portugal e o grande investimento no território "tem de ser reflorestar" para haver um "território mais resistente, com espécies autóctones, com espécies mais resistentes ao fogo", defendeu Catarina Martins.

"Nós conseguimos alterar a lei da floresta, nomeadamente no que tinha a ver com a liberalização dos eucaliptos que tinha sido feita no Governo PSD/CDS”, notou.

A dirigente bloquista considerou que esse “passo legislativo foi muito importante e criaram-se alguns apoios à reflorestação”.

“Mas mantemos o problema de atuar após o fogo, ou seja, como não há meios para atuar imediatamente após o fogo, não se tira o que ardeu e não se inicia logo uma reflorestação mais segura", vincou.

No outro lado do problema, segundo a coordenadora do BE, é preciso "valorizar os bombeiros voluntários", aumentar o corpo profissional de bombeiros e "ter regras claras, iguais, para todo o país, nomeadamente sobre equipamentos”, para garantir “a segurança de quem está também a tratar da nossa segurança".