O anúncio foi feito por Assunção Cristas, presidente do CDS, após uma ação de campanha em Viana do Castelo, precisando que o partido vai reprogramar as ações, tendo em conta os calendários das cerimónias fúnebres do ex-líder dos centristas.
“O jantar que estava previsto para o Porto terá uma configuração bastante distinta, não será um jantar em género de comício e de festa, mas será para evocar a memoria do professor Diogo Freitas do Amaral”, afirmou, depois de uma reunião no Instituto Politécnico de Viana do Castelo, onde não teve tunas académicas e se fez um minuto de silêncio na sessão com professores e alunos.
António Lobo Xavier é o orador convidado para falar sobre Freitas do Amaral.
Cristas disse não ter tido ainda tempo “para parar” e poder ver quando se realizam o velório e o funeral do antigo vice-primeiro-ministro da AD, com Sá Carneiro, pelo PSD, e Amaro da Costa, pelo CDS, e, assim, ajustar a campanha.
O fundador do CDS e ex-ministro Diogo Freitas do Amaral morreu hoje, aos 78 anos.
Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941. Foi líder do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, vice-primeiro-ministro e ministro em vários governos.
Freitas do Amaral, que estava internado desde 16 de setembro, fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.
No final de junho deste ano, Freitas do Amaral lançou o seu terceiro livro de memórias políticas, intitulado "Mais 35 anos de democracia - um percurso singular", que abrange o período entre 1982 e 2017, editado pela Bertrand.
Nessa ocasião, em que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro líder do CDS e candidato nas presidenciais de 1986 – que perdeu para Mário Soares - recordou o seu "percurso singular" de intervenção política, afirmando que acentuou valores ora de direita ora de esquerda, face às conjunturas, mas sempre "no quadro amplo" da democracia-cristã.
Líder do CDS, primeiro-ministro interino, ministro em governos à esquerda e à direita, presidente da Assembleia-Geral da ONU, disse em entrevista à agência Lusa quando já se encontrava doente, em junho de 2019, que sofreu “um bocado” com a derrota nas presidenciais de 1986, embora tenha conseguido dar a volta, com “uma carreira de um tipo diferente” e partir para "uma série de pequenas vitórias".
(Notícia atualizada às 18h02)
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