“Estamos num processo eleitoral, tivemos os debates entre os líderes de cada um dos partidos. Esse é o debate que se espera que exista numa eleição. Todos os outros são feitos entre cabeças-de-lista e candidatos a deputados. Acho que não é desse debate que estamos a falar, portanto não é bem um debate eleitoral”, disse Mário Centeno, à margem de um encontro com empresários na Nerlei - Associação Empresarial de Leiria.
O ministro das Finanças salientou que “contas certas e números é coisa que não tem faltado neste debate”. “As contas que cada um apresentou, cada um tem de as defender. As minhas são muito claras e felizmente certas”, acrescentou.
Mário Centeno lembrou ainda que foi “mais de 100 vezes à Assembleia da República falar de contas certas” e apresentar a visão do PS dessas contas. “Aliás, o INE [Instituto Nacional de Estatística] dá razão a tudo o que temos vindo a dizer ao longo destes anos. O crescimento em 2017, neste momento, está estimado em 3,5. Lembro que no programa que apresentámos em 2015 tínhamos uma estimativa de 3,1%, para o conjunto dos quatro anos tínhamos uma estimativa de crescimento nominal de 17,2%”, disse.
O governante acrescentou que os números que hoje são conhecidos, “ainda provisórios” em 2018 e 2019, demonstram “um crescimento de 17%, sustentado no investimento que cresce 27% ao longo da legislatura: número praticamente idêntico” àquele que foi apresentado.
O presidente do PSD, Rui Rio, desafiou na terça-feira o ministro das Finanças, Mário Centeno, a aceitar debater com o seu porta-voz para as Finanças, Joaquim Sarmento, as contas e modelos económicos dos dois partidos.
Num almoço com empresários em Setúbal, Rio retomou parte dos temas dos debates de segunda-feira com o líder do PS, António Costa, onde ambos trocaram argumentos sobre o melhor modelo económico para o país e discutiram quem tinha “o melhor Centeno” nas finanças.
O líder do PSD saudou, depois, que a Antena 1 tenha convidado Sarmento e Centeno para um debate sobre matéria económica, que o porta-voz social-democrata para as Finanças Públicas já aceitou, e lançou um desafio.
“O professor Joaquim Sarmento já disse que sim. Se o dr. António Costa tem tanta segurança naquilo que foram os números que jogou para cima da mesa, seguramente que o seu Joaquim Sarmento – que se chama Mário Centeno - aceitará debater esses números”, considerou.
Rio defendeu mesmo que, depois de fechado o período de debates políticos, “fazer um ou outro debate técnico também ajuda a uma campanha eleitoral mais elevada”.
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