António Costa fez estas referências sobre Mário Centeno no discurso que proferiu no encerramento da Convenção Nacional do PS, em Lisboa, que se destinou a aprovar o programa eleitoral dos socialistas para as legislativas de outubro.

O líder socialista referiu-se a quem depreciou Mário Centeno quando começou a colaborar com o PS, no início de 2015.

"Há quatro anos riram-se muito de termos um cenário macroeconómico, riram-se muito até de um economista desconhecido, que era técnico do Banco de Portugal e que nós tínhamos ido buscar à falta de melhor para fazermos umas contas", disse.

Mas, segundo Costa, esse economista "vagamente desconhecido foi não só o segundo ministro das Finanças que em democracia exerceu essas funções uma legislatura completa [a seguir a Sousa Franco], como é também hoje presidente do Eurogrupo".

"E quem não sabe se não exercerá mesmo outras funções de grande dimensão", declarou, já sem Mário Centeno presente na sala.

Depois das referências a Mário Centeno, o secretário-geral do PS defendeu que o conjunto de compromissos agora assumidos no programa eleitoral do PS "foi pensado, medido e testado para saber se há condições para o executar".

"Vamos continuar a fazer isso", afirmou, num discurso com cerca de uma hora que foi mais dedicado às questões sociais a enfrentar até 2023 do que à macroeconomia.