Numa iniciativa de campanha eleitoral para as regionais de 22 de setembro, realizada no concelho de Santana Cruz - onde nasceu este movimento de cidadãos que se tornou num partido e hoje governa a Câmara Municipal e as diferentes Juntas de Freguesias -, o cabeça de lista, Élvio Sousa, salientou que “o JPP tem consciência” do peso das contas madeirenses.

Estas contas, mencionou, incluem “uma dívida de mais de 5,2 mil milhões de euros” e o serviço da dívida atinge, na globalidade, os 604 milhões de euros, enquanto a receita fiscal é de 900 milhões.

“Isto é uma situação destrutiva e de inconsistência financeira”, realçou Élvio Sousa, defendendo uma redução da despesa.

O candidato argumentou que com o atual estado das contas públicas não é possível “prometer demasiado”: “Todos os partidos que estão a prometer grandes investimentos e a fazer grandes promessas eleitorais não estão a falar a verdade à população”.

Uma forma de poupar nos gastos, é, no entender do JPP, “reduzir o setor empresarial da região”, visto que a Madeira tem 24 destas empresas, o que representa “uma empresa para cada 10 mil habitantes”.

“Há que extinguir e fundir empresas”, disse o cabeça de lista, dando como exemplo a Madeira Parques e as Sociedades de Desenvolvimento, preservadas por “alguns partidos” para “manter os amigos no poder”.

Também a fusão de “outras empresas do setor empresarial da região, nomeadamente na Empresa de Eletricidade da Madeira” e ao nível dos transportes, é apontada como um contributo positivo.

“Esta poupança, entre outros aspetos, seria decisiva para baixar o peso da despesa pública e poder investir noutros setores, nomeadamente naquele que o JPP tem vindo a defender, que é um complemento de pensão para os mais desfavorecidos”, enfatizou.

Élvio Sousa mencionou que a Madeira tem cerca de 80 mil pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza, um cenário “inadmissível para uma região ultraperiférica”.

O JPP tem cinco deputados eleitos no parlamento do arquipélago.

As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta – com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.

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