Lula, de 76 anos, mantém 47% das intenções de voto para a eleição de 2 de outubro, contra 32% para o atual presidente, de acordo com uma nova consulta do instituto Datafolha.
Na sondagem anterior, publicada em 28 de julho, a diferença nas intenções de voto entre os dois candidatos era de 18 pontos percentuais: Lula tinha 47%, e Bolsonaro, 29%. Em maio, a diferença entre os candidatos do PT e do PL alcançou 21 pontos, o que mostra um avanço progressivo do atual presidente.
O governo Bolsonaro aumentou a partir deste mês de 400 para 600 reais (de 76,73 para 115 euros) o benefício mensal no âmbito do programa Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família, criado por Lula, para apoiar 20,2 milhões de famílias vulneráveis, entre outras iniciativas, como o pagamento de ajudas a camionistas. Além disso, o governo reduziu os impostos sobre os combustíveis, conseguindo baixar os preços, que subiram fortemente no último ano, muito acima da inflação (10,07% em 12 meses até julho).
Segundo o Datafolha, face à vantagem mantida por Lula, o ex-presidente teria hipóteses de vencer a eleição logo na primeira volta, com 51% dos votos válidos, (exceto brancos e nulos) contra 35% para Bolsonaro. Numa eventual segunda volta, Lula venceria o atual presidente por 54% contra 37% dos votos, continua o Datafolha, que atribuiu em julho aos dois 55% e 35%, respectivamente.
Os dois candidatos protagonizam a corrida presidencial mais polarizada em décadas, muito distantes dos demais candidatos. Em terceiro lugar aparece Ciro Gomes (PDT), com 7% das intenções de voto, o único que se destaca no "pelotão" de candidatos com até 2%.
A campanha presidencial teve início esta terça-feira, com atos simbólicos de Bolsonaro, que conduziu um comício em Juiz de Fora, cidade mineira onde foi esfaqueado em 2018, e Lula, que esteve numa fábrica de automóveis em São Bernardo do Campo, São Paulo, onde iniciou a sua trajetória como líder sindical. Mas os dois candidatos mantêm há meses uma agenda preenchida de aparições públicas em vários pontos do país.
O Datafolha entrevistou 5.744 pessoas, em 281 cidades brasileiras, e os resultados consideram uma margem de erro de +/- 2 pontos.
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