Os advogados de Donald Trump prometeram, no entanto, apelar para o Supremo Tribunal, apesar da avaliação dos juízes ter revelado que “as reivindicações da campanha não são válidas”.
“Eleições livres e justas são a força vital da nossa democracia. As acusações de injustiça são graves. Mas chamar uma eleição injusta não significa que seja. As acusações exigem alegações específicas e, em seguida, provas. Não temos nenhum dos dois aqui”, escreveu o juiz Stephanos Bibas, nomeado por Trump, e que integra um painel de três juízes, todos indicados por presidentes republicanos.
Este pedido de contestação dos resultados eleitorais foi discutido na semana passada num tribunal federal pelo advogado de Donald Trump, Rudy Giuliani, que defendeu durante um discurso de cinco horas que a eleição presidencial deste ano tinha sido marcada por fraude generalizada na Pensilvânia.
No entanto, nenhuma prova em concreto foi apresentada em tribunal.
O juiz Matthew Brann sublinhou que a reclamação da equipa de Trump estava cheia de erros e “como o monstro de Frankenstein, foi costurada a esmo”, negando o direito do advogado a alterá-la pela segunda vez.
O tribunal de apelação classificou as alterações como “fúteis”, num painel composto pelo juiz-chef Brooks Smith e o juiz Michael Chagares, juntamente com Stephanos Bibas.
“Os eleitores, não os advogados, escolhem o presidente. Boletins de voto, não argumentos, decidem eleições”, destacou Bibas no parecer, que também negou o pedido da campanha de Trump para impedir o estado de certificar os resultados.
As autoridades da Pensilvânia anunciaram na terça-feira que tinham certificado a sua contagem de votos, a favor do presidente eleito Joe Biden, que derrotou Trump por mais de 80 mil votos naquele Estado.
A nível nacional, Biden e a vice-presidente Kamala Harris obtiveram perto de 80 milhões de votos, um recorde nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Donald Trump revelou que espera que o Supremo Tribunal intervenha nestes processos judiciais como aconteceu em 2000, quando decidiu interromper a contagem de votos na Flórida e entregou a eleição ao republicano George W. Bush.
Desde as eleições, em 03 de novembro, Trump e a sua equipa têm apelidado a votação como fraudulenta e apresentaram uma série de ações judiciais para tentar bloquear os resultados em seis estados-chave para o desfecho da eleição.
Até agora têm obtido pouca ‘simpatia’ por parte dos juízes, com praticamente todos a rejeitarem as reclamações sobre a suposta falha de segurança nos votos por correio, utilizados por milhões de pessoas devido à pandemia de covid-19.
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