A China foi uma das últimas potências a dar os parabéns a Biden, que venceu este mês o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros só o fez no dia 13 deste mês, quase uma semana semana depois de Biden ser anunciado como vencedor, no dia 07.
Os analistas dizem que Pequim pode ter querido evitar tensões nas relações com o Presidente cessante, que ainda não reconheceu publicamente a derrota, alegando a existência de “fraude eleitoral” e pedindo a recontagem de votos.
Na mensagem de parabéns, Xi disse a Joe Biden que relações “saudáveis e estáveis” são a “expectativa comum da comunidade internacional”, de acordo com um comunicado hoje divulgado.
“Esperamos que os dois lados mantenham o espírito de não-conflito e não-confronto, respeito mútuo e cooperação em que todos ganham, focando-se na cooperação, controlando as diferenças e promovendo o desenvolvimento saudável e estável das relações entre a China e os EUA”, pode ler-se no comunicado.
As relações entre China e EUA deterioram-se rapidamente desde que Donald Trump assumiu a presidência.
Os dois países enfrentam uma guerra comercial e tecnológica e disputas em torno da soberania do mar do Sul da China, a questão de Taiwan ou o estatuto de Hong Kong.
Trump classificou a China como uma ameaça à segurança dos EUA e impôs restrições sob as exportações de tecnologia para o país asiático.
Nos últimos meses, a insistência de Trump em apelidar a covid-19 de “vírus chinês” contribuiu para antagonizar as perceções sobre o líder norte-americano no país.
Analistas políticos esperam, no entanto, poucas mudanças na relação bilateral, devido à frustração generalizada nos EUA em questões comerciais e de direitos humanos e a acusações de espionagem e usurpação de tecnologia pela China.
A posse de Biden como 46.º Presidente dos Estados Unidos está marcada para 20 de janeiro de 2021.
Comentários