"Uma revisão constitucional que permita o acabar com a figura do representante da República, pois a autonomia da Madeira não precisa de figuras tutelares nomeadas por Lisboa", refere o IL, que preconiza "alargar o domínio da autonomia tendo sempre presente que os limites serão sempre os da soberania: negócios estrangeiros, defesa, justiça e segurança interna".

Ainda no que diz respeito ao sistema político, o IL defende, no documento divulgado à comunicação social, a revisão da Lei Eleitoral da Madeira, para “criação de círculos uninominais e um círculo de compensação regional", e o início de um processo junto da União Europeia “para que as autonomias portuguesas possam, quando e assim for entendido, passar a ser consideradas países e territórios ultramarinos".

A candidatura encabeçada por Nuno Morna defende igualmente o começo do processo de reorganização administrativa, "preferencialmente por vontade de agregação das estruturas de poder local, ouvindo e promovendo a participação cidadã de todos os madeirenses".

A IL apoia "uma democracia madura e representativa que transforme a Madeira facultando-lhe o necessário crescimento apoiado num Estado de direito tangível, com instituições eficazes e independentes e uma governação responsável, de modo a que todos os madeirenses se sintam seguros e protegidos".

No entender do partido, o novo hospital do Funchal – uma importante obra na região, há muito reivindicada - "deverá ser uma unidade cirúrgica de ponta, de rotação rápida e de prestação de consultas externas de especialidade mais específicas que não possam ser feitas nos centros de saúde"”.

O turismo surge neste manifesto como “atividade estratégica e fundamental”, em que o produto Madeira é definido a partir de três cores - o azul do mar, o verde da natureza e o preto do vulcanismo -, “de escala pequena (micro), com temperatura amena e bom tempo, geograficamente em África mantendo o outro pé na Europa e cheia de ADN turístico".

O IL defende o reforço do apoio à economia azul, considerando ser urgente que as instituições ligadas ao mar "integrem ativamente o ‘cluster' português que se reúne em volta do Fórum Oceano, bem como de organizações internacionais de interesse ligadas à área".

"Uma sociedade educada, culta e inclusiva, onde os valores da liberdade, equidade, justiça e solidariedade sejam considerados essenciais ao bem-estar social de todos"; "um ambiente saudável que valorize a herança natural e cultural"; e a "promoção de uma economia sustentável e ética construída sobre alicerces sólidos que busquem um equilíbrio entre lucro e justiça social, de modo a salvaguardar o presente e a perspetivar o futuro", são outras premissas do manifesto do partido.

Agricultura, florestas, meio ambiente, água, pescas, energia, modernização administrativa, infraestruturas e obras públicas, cultura, desporto e lazer são outras áreas que a candidatura quer ver dinamizadas na região.

Nuno Morna tem 58 anos e é técnico de informação e comunicações aeronáuticas, mas também ator, encenador e promotor cultural.

Concorrem às eleições regionais de 22 de setembro 17 listas: PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR.