Assunção Cristas falava à margem da apresentação do seu livro, intitulado “Confiança”, que conta uma parte do seu percurso pessoal e político.
“Sabendo que o ponto de partida é modesto, realisticamente também acho que conhecemos o ponto de partida, mas não conhecemos o ponto de chegada”, afirmou a líder centrista, explicando não haver “nenhuma mudança de estratégia”.
E prosseguiu: “continuamos a querer que o CDS contribua da forma mais robusta possível para uma viragem de políticas em Portugal. O ponto de partida é, porventura, menos bom do que aquilo que gostaríamos, mas é sobre isso que temos de trabalhar”.
Advogando que o “tempo das maiorias absolutas já lá vai em Portugal”, a presidente do CDS lembrou a necessidade de somar 116 deputados para depois dar a perspetiva do partido, enfatizando que a posição vem “desde 2015” e foi “reafirmada no congresso em 2018”.
Do ponto de vista das políticas, Assunção Cristas defendeu que os últimos quatro anos mostraram que o CDS atuou sempre com “grande consistência” e quanto a uma reaproximação ao PSD para governar, depois de primeiro reendereçar a questão para o partido liderado por Rui Rio, a líder centrista deixou uma reflexão.
“É necessário ter 116 deputados e isso faz-se com quem temos alguma convergência de temáticas, com quem já tivemos alianças no passado e com quem espero possamos ter um caminho conjunto no futuro”, disse.
“Do lado do CDS as alternativas são claras e não passam pelo Partido Socialista”, enfatizou.
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