Ao todo, vão a votos 4.851 cargos em 34 autarquias em Inglaterra, na totalidade dos 32 autarquias escocesas e na totalidade dos 22 municípios do país de Gales.

Em seis áreas de Inglaterra vão ainda ser eleitos pela primeira vez ‘mayors’ de autoridades locais conjuntas, com poderes sobretudo pelo desenvolvimento económico da região, mas também sobre os transportes e habitação.

O partido Trabalhista é quem tem mais destes lugares em jogo, 1.535, contra 1.136 dos Conservadores, 484 dos Liberais Democratas, 438 do Partido Nacionalista Escocês, 170 do Plaid Cymru, o partido nacionalista escocês, 146 do UKIP e 34 do Partido Verde.

Há ainda 687 vereadores independentes (sem filiação partidária) e vereadores representantes de outros organismos e associações.

A maioria destes lugares em Inglaterra foram preenchidos em 2013, quando o UKIP estava no pico da popularidade, conseguindo finalmente colocar eleitos ao nível local.

O partido Conservador, que tem vantagem nas sondagens a nível nacional, vai tentar traduzir esta popularidade em votos, enquanto os Liberais Democratas vão tentar recuperar alguns dos lugares que perderam há quatro anos, castigados por formarem coligação governamental com os ‘tories’.

Na Escócia, o Partido Nacionalista Escocês (SNP) detém a maioria dos lugares desde 2012, mas enquanto na altura o principal adversário era o partido Trabalhista, desta vez poderão ser os Conservadores.

No País de Gales, o partido Trabalhista conquistou a maioria dos lugares em 2012, mas este ano corre o risco de perder para os rivais, seja os nacionalistas do Plaid Cymru, o partido Conservador, Lib Dems ou UKIP.

Tony Travers, professor da universidade London School of Economics, especialista em política local, afirma que o facto de as eleições se realizarem em áreas rurais poderá projetar possíveis tendências para o escrutínio que terá lugar um mês depois.

“São um grande teste ao poder dos partidos a poucas semanas das legislativas”, sublinhou.

Em Inglaterra, disse, os Conservadores considerariam um resultado positivo ganhar mais de 100 lugares, mas perder mesmo um pequeno número de lugares seria mau.

Para os Trabalhistas, manter o mesmo nível de lugares seria um bom resultado, garantiy Travers, mas perder mais de 100 lugares seria um desastre.

“Prevê-se que o ‘Labour’ afunde e isso reflete problemas a nível nacional”, comentou.

Já para os Liberais Democratas, eleger mais autarcas seria positivo, já que em 2013 perderam muitos, mas se não houver avanço, então significa que não conseguiram recuperar eleitores ou “roubar” aos rivais.

Por fim, para o UKIP, manter os mesmos autarcas que elegeu em 2013 já seria favorável, mas perder a maioria dos 139 que adicionou há quatro anos seria bastante nefasto, considerou o especialista.

Nas regiões, se os Conservadores ganharem votos nas eleições locais escocesas devido à popularidade da líder Ruth Davidson, espera-se que essa tendência se traduza nas eleições legislativas, significando mais problemas para o ‘Labour’ e, potencialmente, para o Partido Nacionalista Escocês.

No País de Gales, o partido Trabalhista tem registado uma queda na popularidade e poderá perder lugares, não só para os Conservadores, como para os nacionalistas do Plaid Cymru ou para o UKIP.

Os vereadores autárquicos são eleitos por quatro anos, mas em ciclos diferentes consoante as regiões. Nos próximos anos, será a vez de irem a eleições as autarquias da região metropolitana de Londres, cujas eleições tiveram lugar em 2014.

Como estas eleições são locais, podem candidatar-se e votar cidadãos britânicos, nacionais de Estados-membros da União Europeia e de países da Commonwealth.

A votação decorre entre as 07:00 e as 22:00 locais (mesma hora em Portugal), devendo os resultados finais ser apurados durante a noite e no dia seguinte.

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