Num comunicado em que assinala o arranque da campanha eleitoral, a lista do CHEGA – que este ano se estreia numa candidatura às regionais madeirenses, tendo com cabeça de lista o empresário Miguel Teixeira – referiu que os eleitores podem agora optar por, “de uma vez por todas, dar a volta, dar a oportunidade a outros para governarem”.
No próximo diz 22, acrescentou, a escolha não é entre “os que são a favor ou contra a autonomia, conforme o partido do Governo Regional anda a apregoar”, mas entre “continuar na lama” ou “sair do colete de forças” que esmaga a Madeira.
“O arquipélago da Madeira tem forçosamente de ser uma região autónoma, se quisermos sobreviver. É a única saída, mas temos de ser autónomos com a cara virada para Lisboa, para Portugal continental e Açores. Não podemos estar de costas viradas como nos últimos 40 anos”, considerou o partido.
Para o CHEGA, é também necessário “assumir a posição privilegiada” da Madeira na Macaronésia (designação dada ao conjunto formado por Cabo Verde, Canárias Madeira e Açores).
O partido entende ser necessário retirar privilégios aos políticos, emagrecer o poder do Estado e distribuir riqueza ao invés de aumentar impostos, para que a população tenha melhores condições de vida e mais acesso aos serviços públicos.
Na região, considerou, os dinheiros públicos são usados para “sustentar subsídiodependentes” que dão votos ao poder instituído, para levar funcionários públicos a fazerem campanha a favor dos “grandes” e para alimentar “esquemas de corrupção”.
“Isto não é democracia. Esta democracia tem de acabar, está podre. Temos de libertar a Madeira e Portugal, temos de ter uma nova democracia”, apelou o CHEGA.
A candidatura contestou a ausência de um ‘plafond’ máximo para as campanhas eleitorais, pela desigualdade criada na divulgação das ideias e dos programas das várias listas.
“A Região Autónoma da Madeira é bem o exemplo disso: uns em 15 dias vão gastar quase 400 mil euros, outros abaixo dos 1.000 euros […]. Uns estão na reta de partida com um Porsche e outros com um velho Fiat 600”, lamentou.
As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.
PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.
Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta – com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.
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