Numa nota de um parágrafo publicada na página da Presidência da República pode ler-se o seguinte: “O Presidente da República felicitou o Presidente da Turquia, Recep T. Erdogan, pela sua reeleição para um novo mandato à frente dos destinos da Turquia, nossa aliada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)”.
Os resultados oficiais finais devem ser anunciados no início desta semana, apesar de a Alta Comissão Eleitoral já ter confirmado a vitória do atual chefe de Estado turco.
Resultados preliminares e não oficiais colocavam o atual Presidente da Turquia à frente na segunda volta das eleições, quando estavam apuradas 98% das mesas de voto.
Erdogan já tinha reivindicado a vitória na segunda volta das eleições presidenciais que decorreram hoje no país, enquanto o adversário lamentou o resultado.
"A nossa nação confiou-nos a responsabilidade de governar o país nos próximos cinco anos", afirmou Erdogan, em frente à sua residência em Istambul, para onde uma multidão entusiasmada convergiu nas últimas horas.
Perante os apoiantes, o chefe de Estado, que está há 20 anos no poder, garantiu que vai cumprir “todas as promessas feitas ao povo” e salientou que cada eleição é “um renascimento”.
Por seu lado, o opositor Kemal Kiliçdaroglu expressou a sua "tristeza" pelo futuro da Turquia.
"Estou profundamente triste com as dificuldades que o país enfrenta", disse o candidato derrotado e líder do principal partido da oposição da Turquia, falando na sede do seu partido, em Ancara.
Erdogan – que desde 2017 assumiu, após um referendo constitucional, um estrito regime presidencialista com crescentes características autoritárias - consolidou-se como favorito na primeira volta ao obter 49,5% dos votos expressos (muito perto da fasquia dos 50% que evitaria uma segunda ronda), face aos 44,9% do líder opositor, que contestou os resultados oficiais.
As assembleias de voto encerraram às 17:00 locais, menos duas horas em Lisboa.
A oposição turca denunciou hoje irregularidades na segunda volta das eleições presidenciais, como ataques físicos contra observadores eleitorais na região Sudoeste e votos falsos.
A Turquia tem cerca de 85 milhões de habitantes e mais de 61 milhões de eleitores inscritos num processo em que o voto é obrigatório.
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