Com ligeiras diferenças em relação aos números divulgados na noite eleitoral, como é frequente no processo de apuramento dos resultados, o mapa oficial elaborado pela Comissão Nacional de Eleições refere que, de 229.002 inscritos para o sufrágio, houve 103.998 votantes.
Dos votos expressos, 2.618 (2,52%) foram em branco e 1.247 (1,20%) foram considerados nulos.
Entre os votos validamente expressos, o PS obteve 40.703 (correspondentes a 40,65% e a 25 mandatos no parlamento regional, perdendo a maioria absoluta), o PSD 35.094 (35,05%, 21 mandatos) e o CDS-PP 5.739, ou seja, 5,73% e três mandatos (o partido integrou ainda uma coligação com o PPM no Corvo que conseguiu eleger um deputado monárquico).
O Chega foi a quarta força mais votada, com 5.262 votos (5,26%, dois mandatos), seguindo-se o BE, com 3.962 (3,96%, dois mandatos), o PPM, com 2.415 (2,41%, um mandato, a que se soma o deputado eleito em coligação com o CDS-PP), a Iniciativa Liberal, com 2.012 (2,01%, um mandato), e o PAN, com 2.005 (2%, um mandato).
Já sem obter mandatos para a assembleia legislativa, a coligação PCP-PEV (CDU) obteve 1.741 votos (1,74% dos votos validamente expressos), o Aliança 422 (0,42%), o Livre 362 (0,36%), o MPT 157 (0,16%) e o PCTP/MRPP 144 (0,14%).
A coligação PPM/CDS-PP conseguiu no Corvo 115 votos (0,11% do total de votos validamente expressos).
Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas (São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Flores e Corvo) e um círculo regional de compensação, reunindo os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.
Das 13 forças políticas que se candidataram aos 57 lugares da assembleia do arquipélago, apenas seis das forças concorrem por todos os círculos: PS, PSD, CDS, BE, CDU e PPM, todas as que já tinham assento no atual parlamento regional.
Os partidos Chega (candidato em oito círculos), Aliança (três círculos) e Iniciativa Liberal (três círculos) estrearam-se este ano nas eleições açorianas.
O PAN concorreu em sete círculos, o Livre em três, o MPT em seis e o PCTP/MRPP apenas em São Miguel.
Com estes resultados, o PS perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos na região e esta semana o PSD, o CDS e o PPM anunciaram uma "proposta de governação profundamente autonómica", um "governo dos Açores para os Açores" e com "total respeito e compreensão pela pluralidade representativa do povo".
Decorrem ainda negociações entre os partidos de direita para garantir o apoio parlamentar a esta coligação.
A lei indica que o representante da República no arquipélago nomeará o novo presidente do Governo Regional "ouvidos os partidos políticos" representados no novo parlamento açoriano.
Com a publicação dos resultados oficiais em Diário da República, Pedro Catarino poderá agora iniciar este processo.
Depois da tomada de posse do próximo Governo dos Açores, haverá um prazo máximo de 10 dias para o programa do executivo ser entregue à Assembleia Legislativa.
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