"As mulheres devem ser respeitadas e devem ver seus direitos respeitados", afirmou Marina Silva em declarações à imprensa.

À chegada ao protesto, no Largo da Batata, a candidata da Rede comentou também uma afirmação de Jair Bolsonaro, onde o candidato do Partido Social Liberal (PSL) disse que só aceitaria o resultado das eleições se a vitória fosse sua.

"Parece-me um discurso de quem está amarelando diante da crítica da opinião pública", disse Marina Silva, acrescentando que "no Norte, quando alguém se porta desse jeito, pega a bola e tenta encerrar o jogo como se fosse o dono da bola e do jogo, a gente chama isso de amarelar".

Também a candidata a vice-presidente de Guilherme Boulos frisou o papel da mulher nas eleições e na ação de protesto.

"Estamos aqui todas juntas para dizer 'ele não', contra o fascismo, contra o machismo e contra a violência".

Segundo a imprensa brasileira, todos os protestos estão a decorrer de forma pacífica, sem confrontos registados até ao momento.

Em resposta a estas manifestações, apoiantes de Bolsonaro organizaram também atos em defesa do candidato em várias cidades brasileiras.

Neste momento, Bolsonaro lidera as sondagens com 28% das intenções de voto, seguido por Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, com 22%.

O polémico candidato da extrema-direita já foi condenado por injúria e apologia ao crime de violação após ter afirmado publicamente que uma colega parlamentar não merecia ser violada porque era muito feia.

A ofensa foi proferida contra a deputada Maria do Rosário no final de uma sessão na câmara baixa do Parlamento brasileiro, em 2003, quando, após uma discussão, Bolsonaro declarou que a deputada não merecia ser violada: “porque ela é muito feia, não faz meu género, jamais a violaria. Eu não sou violador, mas, se fosse, não iria violar porque não merece”.