Fátima acordou hoje calma, após a visita de Francisco na sexta-feira e sábado ao santuário, em que Francisco e Jacinta foram canonizados pelo líder da Igreja Católica.
Pela manhã, na Cova da Iria, ouvia-se apenas o chilrear dos pássaros, as rodas das malas de turistas e de peregrinos que se despediam de Fátima e o barulho do motor de alguns autocarros estrangeiros e portugueses que estacionavam junto a hotéis.
O recinto do santuário estava praticamente deserto, com algumas dezenas de pessoas a aproveitarem para tirar ‘selfies’ junto à estátua de João Paulo II ou ao terço gigante da artista Joana Vasconcelos.
Algum lixo no chão, baias de segurança, fitas que ainda não foram removidas e uma ou outra tenda montadas junto à Basílica da Santíssima Trindade eram os resquícios hoje de manhã das celebrações do centenário das “aparições”.
Pela cidade, ainda se viam militares da GNR, polícia e bombeiros, vários funcionários a recolher lixo e a limpar as ruas e os ‘transfers’ para as bolsas de estacionamento ainda estavam a funcionar.
No entanto, o grande parque de estacionamento junto ao Centro Pastoral Paulo VI – quase vazio – denunciava a debandada que ocorreu após o regresso do papa Francisco a Roma, na tarde de sábado.
Para trás ficou uma cerimónia que terá levado 500 mil pessoas ao Santuário de Fátima no sábado, segundo o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, citado pela agência EFE.
Na Cova da Iria, o papa, perante uma multidão que o recebeu e se despediu dele com aplausos e gritos, pediu uma Igreja “pobre de meios e rica no amor” e deixou uma mensagem de paz, apelando à “concórdia entre todos os povos”.
Francisco foi o quarto papa a visitar Portugal.
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