A capital está num empate técnico: para saber quem vai sair por cima, se Moedas ou Medina, vai ser preciso esperar noite dentro. Porque apesar de mais de metade dos concelhos já terem presidente eleito, Lisboa ainda vai ter de aguardar para saber quem será o seu.
Ora, segundo as projeções da RTP (Universidade Católica), da CMTV (Intercampus), da SIC (Metris GfK/Instituto de Ciências Socais/ISCTE) e da TVI (Pitagórica), divulgadas às 21:00, quando a votação terminou, Medina conseguirá entre 31% e 38,6% dos votos (seis a oito vereadores) e Moedas entre 29,3% e 36% (e os mesmos seis a oito mandatos). Já a projeção da RTP coloca em vantagem Carlos Moedas, enquanto as outras dão mais votos a Fernando Medina.
Mas enquanto se contam votos na capital, há resultados que já são conhecidos e certas candidaturas parecem já ter dados que apoiam o festejo e a vitória. É o caso de Rui Moreira no Porto (mas que ainda não sabe se vai ter maioria absoluta). Na "troca de posições", o PS perdeu Coimbra e Funchal para o PSD, mas conseguiu segurar Almada — ainda que o melhor será ver neste artigo aqueles concelhos que, fosse para a oposição ou para movimentos independentes, mudaram de cor.
Ah, e Santana Lopes até já fez saber que ganhou na Figueira da Foz.
"Ganhar nestas circunstâncias é uma proeza sem igual, porque, contra todas as tropelias, todas as armadilhas, todas as impugnações e contra os partidos grandes, médios e pequenos", explicou aos jornalistas Pedro Santana Lopes, naquela que foi a sua primeira reação às sondagens televisivas e aos resultados preliminares, admitindo também que foi uma "emoção especial", 24 anos depois, "de voltar a ter a confiança dos figueirenses.
Todavia, fosse por culpa da pandemia ou simplesmente pela falta de apelo ao sentido de voto, parece que a abstenção será novamente notícia — e não será pelas melhores razões. Segundo dados disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, mais de 9,3 milhões de eleitores (9.323.688 cidadãos inscritos) podiam votar nestas eleições autárquicas mas segundo as projeções das televisões a abstenção volta a ser um problema.
À hora de publicação desta crónica ainda não é sabido ao certo qual será a taxa de abstenção. Contudo, a RTP frisa que vai oscilar entre os 45% e os 50% – o que será um dos valores mais altos de sempre, podendo superar o máximo atingido há oito anos. Recorde-se que o recorde foi atingido nas autárquicas de 2013, nas quais se registou uma abstenção de 47,40%. Aguardemos pelos números oficiais.
Mas, tal como o título sugere, a noite vai ser longa até que estejam contados todos os votos em Lisboa. E de modo a que não perca nada, o melhor é mesmo consultar o liveblog do SAPO24, onde poderá ficar a par de todas as novidades ao minuto; caso prefera uma alternativa que envolve vídeo, pode seguir a emissão em direto com a análise e as histórias que marcam a noite eleitoral.
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