A verba resultou de uma campanha de recolha de donativos feita em colaboração com a Comunidade Judaica de Portugal.
Segundo um comunicado enviado à Lusa, o embaixador de Israel em Portugal, Raphael Gamzou, disse ao presidente da Cáritas Portugal, Eugénio Fonseca, que, “apesar dos desafios que o seu país atravessa”, Israel “não se pode desviar nunca do imperativo de ser solidário com os outros”.
De acordo com o documento, Israel enviou também equipas de emergência constituídas por médicos, paramédicos e assistentes sociais para Moçambique, assim como filtros de água fabricados em território israelita “com o objetivo de transformar águas poluentes em água potável para as comunidades afetadas”.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 786 mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas nos três países, segundo dados das agências das Nações Unidas.
Moçambique foi o país mais afetado, com 468 mortos e 1.522 feridos já contabilizados pelas autoridades moçambicanas, que dão ainda conta de mais de 127 mil pessoas a viverem em 154 centros de acolhimento, sobretudo na região da Beira, a mais atingida.
As autoridades moçambicanas adiantaram que o ciclone afetou cerca de 800 mil pessoas no país, mas as Nações Unidas estimam que 1,8 milhões precisam de assistência humanitária urgente.
Entre os danos materiais, as autoridades moçambicanas registam mais de 90 mil habitações atingidas, das quais 50.619 ficaram totalmente destruídas, 24.556 parcialmente destruídas e 15.784 inundadas.
Foram ainda danificadas ou destruídas 3.202 salas de aulas, afetando 90.756 alunos, bem como 52 unidades de saúde.
Quase 500 mil hectares de terras ficaram inundadas.
Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique, o Idai atingiu a Beira no dia 14 de março com chuva forte e rajadas de vento de 180 a 220 quilómetros por hora.
No Zimbabué, as vítimas mortais registadas são 259, há 186 feridos contabilizados e 4.500 deslocados, num total de 270 mil pessoas atingidas pelos efeitos do Idai.
No Maláui, o balanço mantém-se inalterado, nos 59 mortos, além de 672 feridos, 86 mil deslocados, e 868.900 pessoas afetadas.
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