Apoiante da causa palestiniana, Petro anunciou, a 01 de maio, o corte das relações diplomáticas com Israel e, a 08 de junho, proibiu a exportação de carvão para o país até que este “pare o genocídio” em Gaza.

“A Confederação das Comunidades Judaicas da Colômbia despede-se com muito pesar do embaixador de Israel, Gali Dagan, que deixa hoje o país”, declarou, na sexta-feira, a organização na rede social X (antigo Twitter), afirmando que este “não é um adeus, é um até logo”.

“À luz da lamentável decisão do Presidente, Gustavo Petro, de cortar as relações diplomáticas com o Estado de Israel, não podemos deixar de expressar os nossos mais profundos agradecimentos (ao embaixador) pelo trabalho notável, o empenho inabalável no reforço dos laços entre a Colômbia e Israel e a esperança de que as relações diplomáticas sejam restabelecidas o mais rapidamente possível para benefício de ambos os povos”, acrescentou a organização.

Na quinta-feira, o embaixador Dagan tinha confirmado a partida, quase dois meses após o corte de relações, com uma mensagem nas redes sociais a agradecer os colombianos a hospitalidade durante os dois anos no país.

“É altura de dizer adeus, Colômbia. Obrigado por cada momento, cada experiência e cada sorriso partilhado. Levo comigo recordações inesquecíveis e o calor do vosso belo povo”, escreveu.

O corte das relações diplomáticas foi amplamente criticado na Colômbia, pois o país é um grande exportador de carvão, café, flores e produtos de pastelaria para Israel, que, por sua vez, é um tradicional fornecedor de armas, equipamento militar, dispositivos médicos, máquinas, sistemas de segurança e produtos químicos da Colômbia.