"O Conselho de Segurança deveria dizer basta", declarou Riyad Mansour aos jornalistas. As forças israelitas abriram fogo contra palestinianos que tentavam obter ajuda alimentar numa confusão na qual, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo grupo islamista Hamas, 112 pessoas morreram e 760 ficaram feridas.
"Este massacre atroz é um testemunho de que, enquanto o Conselho de Segurança estiver paralisado e vetado, isso está a ceifar a vida do povo palestiniano", afirmou.
Como um dos cinco membros permanentes do Conselho de 15 membros, os Estados Unidos dispõem de um direito de veto que, como maiores aliados de Israel, exerceram em três ocasiões até agora para impedir a aprovação de resoluções pedindo um cessar-fogo imediato no território palestiniano.
Mansour disse que se reuniu mais cedo nesta quinta-feira com a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
"Implorei-lhe que o Conselho de Segurança deve produzir um produto de condenação desta matança e punir os responsáveis por este massacre", contou.
Se o Conselho de Segurança tiver "coragem e determinação para impedir que estes massacres se repitam, o que precisamos é de um cessar-fogo", afirmou Mansour.
O Conselho de Segurança reuniu-se em caráter de urgência na tarde desta quinta-feira, à porta fechada, para tratar dos factos ocorridos durante a manhã no norte de Gaza, a pedido da Argélia.
O incidente desta quinta soma-se ao total de mortes de palestinianos que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, superou 30.000, a maioria mulheres e crianças.
A guerra começou em 7 de outubro com um ataque sem precedentes do Hamas que causou a morte de cerca de 1.160 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo números israelitas.
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