“Estamos de acordo ao dizer que estamos no início de uma nova era e que a nossa cooperação é absolutamente essencial”, declarou o Presidente francês no início de uma reunião de uma hora e meia com Kamala Harris, que chegou na terça-feira a Paris para uma visita de cinco dias.
A ‘número dois’ da Administração Biden aí assistirá na quinta-feira às cerimónias de 11 de novembro (dia da comemoração do armistício de 1918 que pôs fim aos combates da Primeira Guerra Mundial), no Fórum de Paris para a Paz, e, na sexta-feira, a uma conferência sobre a Líbia.
A sua visita deverá permitir que se conclua a reconciliação dos dois países, iniciada pelo encontro entre Emmanuel Macron e o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, à margem da cimeira do G20 em Roma, a 29 de outubro.
“Tivemos uma reunião muito produtiva em Roma há alguns dias com o Presidente Biden, que mostrou o caminho para as próximas semanas, meses e anos”, acrescentou Macron, no início da reunião, que contou com a participação do ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, e da ministra-adjunta da Igualdade de Género, Elisabeth Moreno.
“Os franceses estão muito orgulhosos de vos ter aqui”, declarou.
A vice-presidente norte-americana reagiu, afirmando: “Penso, e partilhamos esta visão, que estamos no início de uma nova era rica em desafios, mas também em oportunidades”.
“Quando a França e os Estados Unidos trabalharam juntos no passado, foram sempre muito bem-sucedidos, graças aos nossos valores e prioridades comuns”, acrescentou Harris, indicando que os dois países “têm um desejo comum de ser líderes no mundo para ajudar as outras nações nestes tempos trágicos” de pandemia.
“Com base na importante conversa que teve com o Presidente Biden, alegra-me que vamos, no futuro, continuar a trabalhar concertadamente” e “redobrar a atenção dada à nossa parceria”, acrescentou.
Segurança, a pandemia, o clima e o espaço são alguns dos temas que os dois dirigentes deverão debater.
Desde a sua chegada, na terça-feira, Harris visitou o Instituto Pasteur, onde se encontrou com investigadores norte-americanos e franceses que estão a trabalhar em soluções para a covid-19.
Em meados de setembro, os Estados Unidos e a Austrália infligiram um duro golpe a Paris ao selar uma aliança de defesa no Pacífico, e Washington obteve um enorme contrato de submarinos inicialmente prometido a França.
Antes de Kamala Harris, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e depois o conselheiro da Casa Branca para a Segurança Nacional, Jake Sullivan, deslocaram-se a Paris para apaziguar a ira da França, antes do encontro Biden-Macron em Roma, há dez dias.
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