“Como é um local de difícil acesso e precisamos de máquinas especiais para aceder a essa estrutura e retirar as vítimas, ainda não fechamos o número de óbitos. Mas o número de vítimas mortais (resultantes do rompimento da barragem) irá aumentar”, frisou o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, à imprensa brasileira.

Antes de ter sido encontrado este autocarro, o número de mortes confirmadas era de nove.

Durante a manhã de hoje, a empresa mineira Vale, detentora da barragem que rompeu em Brumadinho, divulgou uma lista com 412 nomes de funcionários que estão desaparecidos desde o momento em que a estrutura cedeu.

A companhia lamentou o sucedido e declarou que “a prioridade máxima da empresa, neste momento, é apoiar nos resgates para ajudar a preservar e proteger a vida de empregados e das comunidades locais”.

Pelo menos nove pessoas morreram e entre 200 e 300 estão desaparecidas na sequência da rutura de uma barragem em Brumadinho, no estado brasileiro de Minas Gerais, anunciaram as autoridades, num novo balanço.

A rutura da barragem em Brumadinho, Minas Gerais, causou nesta quinta-feira um rio de lama e de resíduos minerais, soterrando as instalações da empresa e destruindo diversas casas na zona.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, já considerou ser muito difícil resgatar pessoas com vida dos escombros.

“A polícia, o corpo de bombeiros e os militares fizeram tudo para salvar os possíveis sobreviventes, mas sabemos que as hipóteses são mínimas e provavelmente apenas encontraremos os corpos”, disse o governador, que se deslocou para o local.

Há quase três anos, uma das barragens da empresa Samarco, controlada pelos acionistas Vale e BHP, rebentou na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais, originando uma torrente de lama que destruiu fauna, flora e construções ao longo de 650 quilómetros.

Este desastre causou 19 mortos, além de ter deixado desalojadas milhares de famílias.