Os 305 alunos que entraram nos cursos de Engenharia Física Tecnológica e Engenharia Aeroespacial, do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, assim como o curso de Engenharia e Gestão Industrial, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, tiveram uma média superior a 19 valores.
Segundo uma análise da Lusa aos dados da DGES sobre os resultados da 1.º fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, estes foram os cursos com a média de entrada mais alta.
Este ano, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior permitiu a um conjunto de instituições que aumentassem as suas vagas, uma vez que deixavam de fora alunos de excelência devido às notas cada vez mais elevadas para conseguir um lugar.
Por exemplo, o curso de Engenharia Física Tecnológica do Instituto Superior Técnico subiu de 69 para 83 vagas e Engenharia e Gestão Industrial na Universidade do Porto de 75 para 90.
O quarto curso com a média mais elevada é Bioengenharia, da Universidade do Porto, onde o último aluno a conseguir uma das 77 vagas deste curso teve uma média de 19,10 valores.
Com média acima de 18,5 valores, surgem vários cursos de Medicina e Matemática Aplicada, na sua maioria situados nas universidades de Lisboa e do Porto.
O Porto concentra as duas instituições onde a média de acesso para o curso de Medicina é mais elevado: No Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar a nota mais baixa foi 18,98 valores e na Faculdade de Medicina foi de 18,85.
O curso de Matemática Aplicada e Computação, do Instituto Superior Técnico, também surge nesta lista com o último aluno a entrar a ter uma média de 18,83 valores.
Surge depois do curso de Medicina da Universidade do Minho, com 18,78 valores.
Os restantes cursos de Medicina mantêm médias aproximadas: o curso da Universidade de Coimbra com 18,58, da Nova de Lisboa (18,45), da Universidade de Lisboa (18,33) e da Beira Interior (18,32).
Este ano, 1.548 alunos conseguiram colocação no curso de Medicina ou ciclos básicos de medicina, representando um aumento de 37 colocados face a 2019.
Este ano, o Ministério da Tecnologia Ciência e Ensino Superior permitiu às instituições que aumentassem as vagas dos cursos de medicina, mas apenas uma o fez: A Universidade dos Açores aumentou seis vagas no ciclo básico.
O último aluno a entrar no curso da instituição açoriana, que abriu 44 vagas, teve 18,25 valores, segundo os dados da DGES.
Tirando o caso dos cursos de Medicina, as restantes licenciaturas e mestrados com maior concentração de alunos com melhores notas aproveitou a oportunidade dada pela tutela e aumentou as vagas.
Em causa estavam 17 cursos que deixavam de fora alunos com médias de acesso de, pelo menos, 17 valores.
O número de colocados em ciclos de estudo com maior concentração de melhores alunos aumentou cerca de 29% face ao ano anterior, subindo de 1.540 para 1.984 colocados.
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