Os dados foram revelados no âmbito de uma homenagem aos que entregam o seu corpo à ciência.
A sessão realizada no cemitério de Agramonte, no Porto, teve como principal missão relembrar o papel fundamental que esse ato solidário representa não só na investigação científica, mas, também, no ensino de jovens médicos.
A coordenadora da Unidade de Anatomia da FMUP, Dulce Madeira, considerou que “este aumento do número de doações está diretamente relacionado com o acesso à informação sobre o processo e com uma maior abertura à temática por parte da população”.
“Somos todos parecidos, mas não somos todos iguais. Ensinar estudantes em pessoas reais e não em modelos é uma benesse enorme que só é possível graças ao ato de extremo altruísmo daqueles que optam por doar o seu corpo para investigação científica”, sublinhou.
Esta sessão pretende, “acima de tudo, prestar homenagem não só àqueles que doaram, mas também aos doadores que estão vivos e às suas famílias, que são uma peça fundamental de todo este processo”, acrescenta a catedrática da FMUP responsável pela implementação da iniciativa.
A cerimónia realizou-se no Cemitério de Agramonte, local onde repousam as cinzas dos doadores quando terminado o processo de investigação.
Ao contrário do que acontece com os órgãos, a intenção de entregar o corpo à ciência deve ser manifestada em vida, nos termos da legislação publicada em 1999.
A FMUP disponibiliza online um formulário que as pessoas podem preencher e enviar, manifestando a sua vontade de doar.
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