Fonte da WestSea, que deu a notícia à agência Lusa, escusou-se especificar o número de pessoas a contratar para o "pico" de trabalho daquele contrato, revelando apenas que "está a decorrer o período de recrutamento".

Segundo dados avançados em maio pela WestSea, a subconcessionária dos ENVC conta com cerca de 264 trabalhadores, dos quais 155 são antigos funcionários dos ENVC.

Além disso, de acordo com aqueles dados, trabalham nos estaleiros da WestSea, "em média, por dia, 335 trabalhadores indiretos (ao serviço de subempreiteiros)".

O empresário Mário Ferreira, da Mystic Cruises, citado pela agência Lusa, explica que o paquete World Explorer, o primeiro de três que a empresa quer construir, vai fazer a viagem inaugural em novembro de 2018 com um cruzeiro de 17 dias entre Lisboa e o Rio de Janeiro (Brasil)".

"A viagem inaugural começa em Lisboa, passa pelo Funchal (Madeira), Santa Cruz, em Tenerife, São Vicente, em Cabo Verde, atravessa a linha do Equador e chega à ilha brasileira de Fernando de Noronha, passa por Natal, Recife, Salvador, Baía, Búzios e termina no Rio de Janeiro", explica o empresário, que também detém a empresa Douro Azul.

Após aquela viagem, a embarcação, "com capacidade para 200 passageiros e 111 tripulantes, que vão ser recrutados em Portugal e no estrangeiro, vai fazer expedições na Antártida, até 15 de abril de 2019, ao serviço do operador norte-americano Quark Expeditions".

"Com esse operador vai fazer dois cruzeiros no Mediterrâneo, dois no Báltico, em Fiordes, na Noruega e no círculo polar Ártico com uma viagem ao Sol da meia-noite, e na Islândia e Gronelândia", adianta o empresário.

Mário Ferreira revela também que "está a negociar com países estrangeiros o financiamento para a construção de mais três navios oceânicos".

"O World Explorer não teve qualquer ajuda ao financiamento o que faz com que tenha de procurar no mercado internacional um modelo de financiamento para os outros três. É um processo que está a correr muito bem", diz.

O empresário explica ainda que o navio que está em construção nos estaleiros da WestSea, em Viana do Castelo "tem motores e tecnologia Rolls Royce" e representa "um investimento superior a 70 milhões de euros", estimando o retorno financeiro "no médio/longo prazo, entre os oito a dez anos".

"Mesmo sem qualquer apoio o navio vai ser registado em Portugal. Será um paquete com bandeira portuguesa", diz, acrescentando que nos estaleiros da subconcessionária dos ENVC "está bastante adiantada a construção do décimo sétimo navio de cruzeiros da Douro Azul que será entregue em abril de 2018, para operar no rio Douro".