“Estou muito arrependido. Se eu soubesse [que era um edifício do MAI], não entrava”, assumiu o arguido, ao final da manhã, quando foi presente a um coletivo de juízes do Tribunal Central Criminal de Lisboa, acrescentando que não sabia que o edifício que assaltou pertencia ao Ministério da Administração Interna.

Além do roubo de 10 computadores da secretaria-geral do MAI, o homem é também acusado do furto de um microondas, três extensões e mantas de um alojamento local, sendo, por isso, julgado por dois crimes de furto.

Perante o coletivo, o arguido assumiu que todos os factos lidos “são verdade” e o tribunal acabou por prescindir da prova da acusação, uma vez que existiu a “confissão integral e sem reservas”, considerou a juíza.

Durante a breve sessão de julgamento, que durou cerca de meia hora, o homem explicou ao coletivo que cometeu os crimes para conseguir dinheiro para consumo de droga e que dormia na rua no momento em que assaltou a secretaria-geral do MAI.

Do lado do Ministério Público, a procuradora responsável pelo processo indicou que constam do cadastro do arguido outras condenações a penas de prisão efetivas por furto e, tendo em conta o histórico, pediu uma pena de prisão efetiva, ainda que sem especificar o tempo.

Segundo a Lusa, a acusação indica que do edifício da secretaria-geral, situado na rua de São Mamede, foram levados 10 computadores portáteis, no valor de 600 euros cada, incluindo os computadores do secretário-geral da Administração Interna, Marcelo Mendonça de Carvalho, e da secretária-geral adjunta da Administração Interna, Teresa Costa.

O suspeito terá conseguido entrar na secretaria-geral do MAI através de uns andaimes que estavam colocados no edifício contíguo e terá vendido depois os computadores no Largo de São Domingos, na freguesia de Arroios.