Os violentos incêndios que têm lavrado na zona em que se deveria desenrolar a 14.ª e última prova do campeonato obrigaram os organizadores a tomar a decisão, “por razões de segurança”.

“Era a única coisa a fazer, tendo em conta que somos responsáveis pela segurança de todas as pessoas envolvidas na prova”, explicou o diretor do evento, Andrew Papadopoulos.

O Governo de Nova Gales do Sul decretou o estado de emergência devido às altas temperaturas, falta de humidade e condições de vento que se fazem sentir atualmente, com as previsões a apontarem para um agravamento das condições meteorológicas.

Centenas de escolas foram encerradas e as zonas florestais foram evacuadas devido aos cerca de 50 incêndios que lavram com intensidade.

O pior dos incêndios lavra na zona nordeste do estado e já provocou a morte a três pessoas, destruindo ainda 150 habitações junto a Coffs Harbour, que seria a base da prova.

“Não era apropriado realizar o rali. Os nossos pensamentos estão com a comunidade de Nova Gales do Sul, especialmente com as pessoas que perderam os seus entes queridos e as suas casas em resultado dos incêndios”, sublinhou o mesmo responsável.

O cancelamento da prova atribuiu, automaticamente, o título de construtores à Hyundai, que saiu do Rali de Espanha com 18 pontos de vantagem sobre a Toyota.

“O cancelamento do Rali da Austrália é a decisão certa, considerando todas as circunstâncias. Em termos desportivos, é incrível vencermos o nosso primeiro título mundial. É o resultado de muitos anos de esforço. Esta época foi incrivelmente dura e competitiva. Gostaríamos de ter lutado até ao fim, mas temos de estar orgulhosos pelo que conseguimos”, destacou o italiano Andrea Adamo, diretor desportivo da equipa sul-coreana.

O título de pilotos já estava matematicamente decidido a favor do estónio Ott Tanak, da Toyota, que pôs fim a um reinado do francês Sébastien Ogier, que já durava há seis temporadas.