Falta combustível, energia e água em Gaza e há reféns desaparecidos. As autoridades locais atribuem esta situação ao ataque de sexta-feira por parte de Israel, considerado um dos piores desde o início do conflito.

A Unicef também confirmou esta informação por parte das autoridades de Gaza, garantindo mesmo que este sábado os serviços de água e saneamento em Gaza estão à beira do colapso e que "a deterioração da situação humanitária está a aumentar o risco de surtos de doenças em grande escala".

"As crianças estão a ser forçadas a beber água salinizada ou poluída, o que as coloca em risco de morte e de doenças", acrescentou um responsável.

A falta de combustível e energia, este sábado, levou mesmo a que um dos principais hospitais no norte de Gaza, o Al Ahli, não tivesse condições para operar.

"Até há dois dias, era o único hospital onde os feridos podiam ser operados no norte de Gaza e estava sobrecarregado de pacientes que necessitavam de cuidados de emergência. Mas não há mais salas de operação devido à falta de combustível, energia, suprimentos médicos e profissionais de saúde”, disse Richard Peeperkorn, representante da OMS na Palestina.

O ataque de sexta-feira, refira-se, poderá ter morto também alguns reféns israelitas do Hamas. O movimento palestiniano disse hoje que, devido aos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza, perdeu o contacto com os milicianos encarregados de um grupo de reféns, que poderão ter morrido.

"Como resultado do bárbaro bombardeamento sionista, perdemos o contacto com o grupo responsável por cinco prisioneiros sionistas, incluindo Chaim Peri, Yoram Metzger e Amiram Cooper. Acreditamos que os prisioneiros morreram", declarou o Hamas em comunicado.