“Neste momento apontamos para um prejuízo na ordem de um milhão de patacas [104 mil euros]”, disse à agência Lusa, o diretor da Escola Portuguesa de Macau, Manuel Machado.
O mesmo responsável salientou o apoio disponibilizado, “desde o primeiro momento, pela Direção dos Serviços de Educação e Juventude e pelo conselho de administração da Fundação Escola Portuguesa de Macau para ajudar no que for necessário para estes trabalhos de reconstrução e reparação”.
“O que falta fazer é a substituição dos vidros partidos porque há escassez de vidros. (…) Há muita gente a precisar de vidros. Já foram encomendados, e o que está previsto é serem todos colocados ao mesmo tempo quando vierem. Há algumas janelas sem vidros, há vidros que faltam também na cantina, mas o funcionamento da cantina está assegurado”, explicou Manuel Machado.
“Julgo que até ao final deste mês, os [trabalhos de reparação] estejam concluídos”, observou.
O diretor da Escola Portuguesa adiantou também que os dois muros exteriores da escola derrubados pelo tufão já foram reconstruídos, mas que “ainda têm de ser pintados e têm que ser colocadas grades que também foram danificadas” pelo Hato.
Um desses muros tinha, no final de maio, sido objeto de uma intervenção do artista português Vhils. A direção da escola já informou o artista da queda do mural, mas não foram estabelecidos mais contactos no sentido de, no futuro, Vhils realizar novo trabalho naquele espaço.
“Isso ainda não foi conversado”, disse Manuel Machado.
O mesmo responsável afirmou que o novo ano escolar arrancou hoje “da melhor maneira” para os 574 alunos inscritos entre o 1.º e 12.º ano, depois de realizadas algumas obras na escola.
“Felizmente, conseguimos em tempo útil fazer todos os trabalhos de reconstrução e reparação necessários ao arranque do ano letivo sem pôr em causa a data previamente acordada”, afirmou.
Não houve necessidade de nenhuma medida extra porque “todos os espaços por onde circulam professores, alunos e funcionários estão devidamente seguros”, observou.
“De manhã, as crianças do primeiro ciclo foram recebidas pelos seus professores e estão ainda em atividades. Às 10:00 [03:00 em Lisboa] houve uma reunião geral dos alunos do segundo e terceiro ciclos do ensino secundário com a direção da escola e posteriormente foram recebidos pelos diretores de turma. Portanto, decorreu da melhor maneira, e as atividades estão agora em curso”, afirmou.
Além de algumas janelas e portas partidas e queda de muros, quase todas as árvores nos pátios da escola foram arrancadas pelo tufão, que também causou danos nos ares condicionados e sistemas de ventilação.
O tufão Hato, que atingiu Macau em 23 de agosto, causou dez mortos e mais de 240 feridos, além de avultados estragos no território ainda por avaliar.
A Escola Portuguesa de Macau celebra, no próximo ano letivo, o vigésimo aniversário.
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