Em comunicado, o Chega indicou que o líder do partido, André Ventura, já felicitou o presidente do Vox, Santiago Abascal, e que "em breve" deve realizar-se um encontro entre os dois líderes. "O Chega deixa ainda votos de que seja possível encontrar em Espanha uma solução política de estabilidade para os próximos quatro anos, desejavelmente com forças de verdadeira direita", lê-se na nota.
O partido Chega congratulou ainda "a previsível descida substancial da extrema-esquerda espanhola, um pouco em linha com o que se tem visto na Europa" e que acredita "ser um prenuncio claro de uma tendência que se repercutirá num futuro próximo em Portugal".
Já o Livre considera que as eleições legislativas de domingo em Espanha "provam que do sectarismo entre forças progressistas nada de bom pode surgir", mas espera, apesar de "parecer improvável", que haja uma "maioria progressista, com um Governo estável".
Nas eleições espanholas de domingo, as segundas legislativas em sete meses, os socialistas os socialistas do PSOE ganharam as legislativas de hoje em Espanha sem maioria, conseguindo 120 deputados, menos três do que nas eleições anteriores, quando estão contados 99,9% dos votos e atribuídos todos os 350 lugares no parlamento.
O segundo partido mais votado é o PP (direita), que fica com 88 deputados (tinha 66), seguindo-se o Vox (extrema-direita), que passa a ser a terceira força política em Espanha depois de mais do que duplicar a sua representação parlamentar, passando de 24 para 52 deputados.
"A intransigência negocial na tentativa de formar um Governo com uma maioria parlamentar precipitou estas novas eleições, que resultaram em perdas para toda a esquerda e uma subida expressiva da extrema-direita", assinalou o Livre, responsabilizando o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) e a coligação de esquerdas Unidas Podemos pelo "cenário de bloqueio" político.
A Unidas Podemos (extrema-esquerda) perde 7 deputados, ficando com 35 deputados (tinha 42), e o mesmo acontece aos Cidadãos (direita liberal), que elegeram hoje apenas 10 representantes (tinham 57).
A Esquerda Republicana da Catalunha passou de sexta para quinta força política, ultrapassado o Cidadãos (direita liberal), ao eleger 13 deputados.
Face ao novo "impasse político" gerado, o Livre entende que "o cenário de umas novas eleições em Espanha a curto-prazo parece o mais provável".
Ainda assim, o partido "espera", apesar de "tal parecer improvável", que Espanha "possa sair destas eleições com uma maioria progressista, com um Governo estável e com bases de diálogo para a construção de uma solução para a Catalunha que satisfaça todas as partes".
Os espanhóis voltaram no domingo às urnas para eleger 350 deputados e 208 senadores.
As eleições foram convocadas em setembro pelo Rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar na sequência das eleições de 28 de abril.
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