O aumento, que tem efeitos desde 01 de janeiro, é de 5% (mais 54 euros mensais) e é superior à média da inflação (aumento dos preços) em Espanha em 2023, que foi de 3,5%.
Cerca de 2,5 milhões de pessoas que recebem o salário mínimo e têm contratos de trabalho de jornada completa (40 horas semanais) serão abrangidas por este aumento, segundo dados do Ministério do Trabalho.
O salário mínimo em Espanha superou a barreira dos 1.000 euros no ano passado, quando teve um aumento de 8% em janeiro, num contexto de inflação elevada (a média da subida dos preços em 2022 em Espanha foi de 8,4%).
Desde 2018, o salário mínimo espanhol aumentou 54%, coincidindo com os governos liderados pelo socialista Pedro Sánchez, que prometeu colocar e manter este rendimento nos 60% do salário médio em Espanha.
“Conseguimos, com os sindicatos, um aumento de 5%. Melhoramos a vida das pessoas trabalhadoras, especialmente mulheres e jovens. Subir os salários não destrói emprego, torna-nos um país melhor”, escreveu na rede social X a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, líder do Somar, a plataforma de partidos à esquerda dos socialistas que está na coligação de governo em Espanha.
As associações patronais recusaram ratificar o acordo assinado entre Governo e sindicatos, o que não impede a atualização do salário mínimo, por a subida depender exclusivamente da decisão do executivo.
“Assistimos uma vez mais a uma situação de arbitrariedade, que só vem incrementar a incerteza e a falta de confiança que já se percebe na economia, nos mercados e nos investimentos”, disse num comunicado a maior patronal espanhola, a Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE).
As associações que representam os empregadores concordavam com um aumento de entre 3,5% e 4% do salário mínimo, mas pediam exceções para alguns setores, como o da agricultura, considerando que a subida tinha de ser compatível “com a sobrevivência” do tecido empresarial em algumas áreas.
Nos 21 países da União Europeia que têm salário mínimo, os valores oscilavam, em 2023, entre os 2.508,24 euros pagos 12 vezes por ano no Luxemburgo e os 398,81 euros na Bulgária. Em Portugal, o salário mínimo está atualmente nos 820 euros, pagos 14 vezes por ano.
Comentários