O Estado português aceitou pagar 32.500 euros à família de um homem que morreu há 25 anos durante uma cirurgia para retirar uma pinça esquecida no seu abdómen durante uma operação no Hospital de São João, no Porto.
A “declaração de solução amigável” foi levada pelas partes ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) e por este homologada em decisão de 05 de dezembro.
“O pagamento constituirá a resolução final do caso”, determinou o TEDH no seu acórdão, consultado hoje pela agência Lusa.
O Jornal de Notícias, que avançou a informação, recorda que o homem morreu aos 69 anos, em 1994, oito horas após uma intervenção cirúrgica para remover a pinça, na sequência de uma hemorragia.
A pinça, detetada na sequência de queixas do paciente de persistente mal-estar, esteve seis anos no seu corpo, desde a altura em que foi submetido a intervenção cirúrgica para extrair o rim esquerdo.
A família avançou para uma batalha judicial, marcada por decisões contraditórias de diversos tribunais portugueses e acabou com o recurso ao TEDH e, agora, num entendimento com o Estado.
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